PF deflagra operação contra perfil anônimo em rede social nas eleições Macedônia

Prefeito Reginaldo Marcomini estava em São Paulo e diz que a administração colabora com as investigações

20 de Agosto de 2025

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PF deflagra operação contra perfil anônimo em rede social nas eleições Macedônia

-(Matéria atualizada) - A Polícia Federal de Jales deflagrou nesta quarta-feira, 16, no município de Macedônia, a Operação AZRAEL, fruto de investigação para reprimir crimes de divulgação de fatos inverídicos, calúnia e difamação na propaganda eleitoral ou durante período de campanha eleitoral, todos praticados através de um perfil anônimo criado em uma rede social durante o pleito eleitoral municipal de 2024. De acordo com nota da Polícia Federal, a operação investiga também possíveis crimes de falsidade ideológica e contratação de pessoas para a realização de propaganda com vistas a ofender a honra e denegrir a imagem de candidato.

O prefeito Reginaldo Macomini estava em São Paulo nesta quarta-feira, 16, e se manifestou no final do dia sobre a operação. "Como sempre digo, estamos tranquilos e pautamos pela transparência. Estamos colaborando com a investigação de perfil falso durante as eleições e se houve uso de computador da prefeitura. O papel do Judiciário é investigar para verificar se tem procedência as denúncias", disse o prefeito.

Os policiais federais cumpriram em Macedônia, dois mandados de busca e apreensão expedidos pelo juízo de garantias da Justiça Eleitoral, com o objetivo de apreender documentos, celulares e mídias relacionados à prática dos crimes em investigação, além de outros elementos de prova. Um dos mandados foi cumprido em uma das Secretarias da Prefeitura de Macedônia.

Segundo a PF, os investigados poderão responder pelos crimes de divulgação de fatos inverídicos na propaganda ou campanha eleitoral, com pena de detenção de até 1 ano, aumentada de 1/3, e multa; de calúnia, com pena de detenção de até 2 anos e multa; de difamação, com pena de detenção de até 1 ano e multa; de desobediência eleitoral, com pena de detenção de até 1 ano e multa e de falsidade ideológica eleitoral, com pena de reclusão de até 5 anos e multa.

Além disso, o crime de contratação de pessoas para a realização de propaganda com vistas a ofender a honra e denegrir a imagem de candidato, possui pena de detenção de até 4 anos e multa de até R$ 50 mil. Os materiais apreendidos serão encaminhados para o setor técnico-científico da Polícia Federal para análise e realização de perícia. As investigações prosseguem na tentativa de identificar todos os envolvidos nos crimes em apuração.

A Polícia Federal de Jales, a fim de garantir a lisura do processo eleitoral, em conjunto com a Justiça Eleitoral, vem realizando diversas ações dedicadas ao combate de crimes eleitorais na região. Para se ter uma ideia, na circunscrição da Delegacia da Polícia Federal de Jales, onde há 44 municípios, desde o ano passado, já foram realizadas, no total, cinco operações para repressão de crimes eleitorais, além de inúmeros inquéritos instaurados.