O corpo do piloto Rodrigo Boer Machado, 29 anos, que morreu após a queda de uma aeronave no Amazonas, foi velado na manhã deste sábado em Fernandópolis em meio a muita emoção. Familiares e amigos homenagearam o piloto que morreu realizando o sonho de voar sobre a Amazônia.
O sepultamento ocorreu por volta das 10h30 no Cemitério da Consolação em Fernandópolis sob clima de emoção e consternação. O irmão Marcelo Boer relembrou a paixão de Rodrigo pela aviação e voltou a agradecer toda a solidariedade do povo de Manicoré, cidade onde ocorreu o acidente. "O que a população fez marcou o nosso coração", disse emocionado.
O corpo chegou ao Aeroporto de Rio Preto na tarde desta sexta-feira e foi trazido para Fernandópolis para o sepultamento. Rodrigo nasceu em Fernandópolis, onde reside a maior parte da família Boer.
Rodrigo pilotava a aeronave de matrícula PT-JCZ que decolou de Ji-Paraná em Rondônia para Manaus na manhã de sexta-feira, 20. Por causas ainda a serem esclarecidas, a aeronave caiu na área de floresta do município de Manicoré no Amazonas, a cerca de 330 km de Manaus. Após cinco dias de buscas que mobilizaram Força Aérea Brasileira, Corpo de Bombeiros, Polícias Militar e Civil e mateiros da região, os destroços da aeronave foram localizados no início da tarde do feriado de Natal, quarta-feira, 25. Rodrigo estava acompanhado na aeronave do passageiro Breno Braga Leite, 27 anos, do Pará. Ambos morreram na queda.
O translado dos corpos de Manicoré para Manaus foi através de voo fretado pela prefeitura da cidade. A população acompanhou em carreata o transporte dos corpos para embarque.
TRAGÉDIAS AÉREAS DE 2024
O acidente aéreo fatal envolvendo o jovem piloto Rodrigo Boer sepultado neste sábado, 28, é o terceiro que marcou Fernandópolis neste ano.
A cidade também esteve envolvida na maior tragédia aérea do Brasil que resultou na morte de 62 pessoas. A médica Arianne Albuquerque Estevam Risso, uma das vítimas da queda do avião da Voepass em Vinhedo, interior de São Paulo, no dia 9 de agosto, foi sepultada uma semana depois em Fernandópolis.
Arianne formou-se médica em Fernandópolis, trabalhou em Postinhos de Saúde, casou-se com o fernandopolense Leonardo Risso. O casal estava morando em Cascável onde a médica realizava especialização no Hospital de Câncer da cidade. Ela viajava com amiga para congresso médico em São Paulo.
A cidade também vivenciou a queda de um avião agrícola no dia 14 de novembro que chocou os fernandopolenses. Rogério Munhoz Guido, 53 anos, pilotava o avião, de prefixo PT-VXY, modelo EMB-202A, de 2012, fabricado pela Embraer, que realizava pulverização de canaviais na região da Usina Alcoeste, a poucos quilômetros do centro da cidade. Por motivos ainda em investigação, o avião caiu em uma área de brejo matando o piloto que foi sepultado em Adamantina onde morava.
O irmão de Rodrigo, Marcelo Boer destaca a paixão dele pela aviação. "Era o grande sonho de sua vida".
Velório da médica Arianne Risso em agosto. Ela foi uma das vitimas da maior tragédia da aviação brasileira este ano. O sepultamento ocorreu em Fernandópolis no sábado 17 de agosto
Arianne era uma das passageiras do avião da Voepass que caiu em Vinhedo no dia 9 de agosto
No dia 14 de novembro, o piloto Rogério Munhoz Guido, 53 anos (destaque), pilotava o avião agrícola, de prefixo PT-VXY, que caiu em área próximo a Usina Alcoeste em Fernandópolis. Ele morreu na queda.