Com adesão dos eleitores, CMDCA já avalia adotar urnas eletrônicas na próxima eleição

20 de Agosto de 2025

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Com adesão dos eleitores, CMDCA já avalia adotar urnas eletrônicas na próxima eleição

O número de eleitores de Fernandópolis que participaram da eleição para o Conselho Tutelar no último domingo, 1º, aumentou 27,9% em relação à eleição de 2019. No Brasil, a adesão cresceu 25,8%. Foram 3,8 mil eleitores que compareceram para votar, o que representa 7,5% do total de eleitores da cidade.

Em Fernandópolis, a votação foi no sistema de cédula de papel, diferente de algumas cidades da região que aderiram à urna eletrônica, casos de Rio Preto e Votuporanga. Com votação mais lenta, em vários momentos houve formação de fila do lado de fora da Escola Coronel Francisco Arnaldo da Silva que chegou a dobrar a esquina.

“Com a urna eletrônica teria sido tudo mais rápido, desde a votação até a apuração. Com certeza para os próximos anos vamos promover as mudanças para adequar a votação eletrônica”, disse o presidente do CMDCA – Conselho Municipal da Criança e Adolescente – Renato Márcio durante entrevista na Rádio Difusora FM, quando fez um balanço da eleição.

“Ficamos muito contente com o comparecimento dos eleitores, levando-se em consideração que o voto era facultativo, o que demostra que houve um bom trabalho de campanha dos candidatos, que mobilizou a cidade”, disse Renato.

Ele explicou porque Fernandópolis optou pela eleição com cédula de papel. A urna eletrônica foi disponibilizada para todo pais para facilitar todo o processo.

“Mas, havia situações do nosso edital que a gente não conseguiria cumprir as condições para utilizar as urnas eletrônicas. Basicamente a gente teria que adiantar o processo em 45 dias, ou seja, a definição dos candidatos teria que ocorrer até 14 de julho, mas o nosso edital previa para 30 de agosto. Diante do risco de problemas, houve a decisão por manter o sistema antigo, com cédula de papel”, relatou.

Embora tenham sido preparadas 12 salas para votação, separadas por letra iniciais dos nomes dos eleitores, ainda assim, houve lentidão para votar, porque o processo era todo manual. Segundo Renato, em cada sala havia a lista oficial de eleitores da cidade e um caderno de votação. “O eleitor entrava na sala, o mesário pegava o título, procurava na lista de eleitores e anotava no caderno e ainda dispunha um canhoto indicando que a pessoa havia votado na eleição do conselho tutelar. Isso gerou a demora. Tivemos salas mais rápidas, outras mais demoradas”, explicou.

“Vamos sentar agora e rever todas as coisas que foram anotadas e que podem melhorar no processo daqui a quatro anos. Votação eletrônica é tendência para a próxima eleição. Vamos começar já o processo, rever o edital. Não vamos esperar chegar a próxima eleição”, citou o presidente, destacando todo o acompanhamento do processo eleitoral pelo Ministério Público.

Apesar do forte calor e das filas, a eleição transcorreu sem incidentes e por volta das 20h20, foi anunciado o resultado final com os cinco conselheiros eleitos. Diferente da última eleição, desta vez, o conselho é formado por três homens e duas mulheres. A mais votada foi Cristiane Vanti, com 290 votos. Embora seja eleita pela primeira vez, ela já tem experiência como conselheira, porque cobriu férias de conselheiro no atual mandato. Três dos atuais conselheiros conseguiram reeleição: Alan Mateus (248 votos), Vanessa Rodrigues (239 votos) e Agenor Silva (222 votos). O quinto conselheiro eleito, Giuliano Martins já tinha sido conselheiro tutelar e na última eleição teve sua candidatura impugnada. Retorna agora com 225 votos (veja quadro com a votação dos candidatos).

A comissão eleitoral montada para todo o processo eleitoral coordenada por Pablo Almeida ainda analisa denúncias de irregularidades na campanha, mas até o fechamento da edição não havia sido divulgado nenhum posicionamento.