Pressionado, Executivo convoca diretores de concessionária do transporte coletivo na cidade

20 de Agosto de 2025

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Pressionado, Executivo convoca diretores de  concessionária do transporte coletivo na cidade

A Jauense, empresa concessionária do transporte coletivo urbano de Fernandópolis, está sendo questionada pela qualidade do serviço prestado em Fernandópolis. A pressão aumentou a partir da decisão do prefeito de Jales Luiz Henrique Moreira que na sexta-feira, 23, rompeu o contrato com a mesma empresa que opera aqui em Fernandópolis. Na terça-feira, nova empresa assumiu em Jales com ônibus seminovos, com ar-condicionado e acessibilidade, surpreendendo a população.

Aqui em Fernandópolis, a Jauense assumiu o transporte coletivo em 2008, um ano depois de Jales. Em 2018 ela renovou contrato de concessão por mais 10 anos, prometendo investimento de R$ 1,3 milhão e disponibilizar frota de ônibus com menos de 10 anos de uso. Passados cinco anos, desde a assinatura do segundo contrato, usuários têm queixas diárias sobre os serviços.

O presidente em exercício do legislativo, vereador Cabo Santos informou que esteve reunido com o prefeito André Pessuto tratando do problema e recebeu a informação de que a empresa tem sido notificada e que no início da semana os donos da empresa estão sendo convocados para reunião no Paço Municipal. “A Câmara cobra o rompimento do contrato”, disse o vereador.

O prefeito André Pessuto confirmou a reunião na segunda-feira, 3, por volta das 11 horas no Paço Municipal. “Vamos receber o dono da empresa e cobrar o cumprimento do contrato”, disse Pessuto. Ele admitiu a possibilidade de rompimento do contrato, mas alegou que isso não é tão simples assim.

O vereador João Garcia Filho confirmou que desde 2022 vem cobrando a prefeitura sobre as condições dos veículos usados no transporte de passageiros na cidade.

“No ano passado cobramos se a empresa concessionária do serviço de transporte coletivo de passageiros do município estava cumprindo integralmente as obrigações do contrato firmado com o município, especialmente quanto à acessibilidade em seus veículos de transporte. A Prefeitura respondeu que a Secretaria de Trânsito estava fiscalizando as linhas de ônibus existentes, para averiguar a qualidade da prestação dos serviços oferecidos pela empresa concessionária aos seus usuários, e o estado de conservação dos veículos utilizados no transporte de passageiros, especialmente quanto à acessibilidade”, disse o vereador.

Dois meses depois, o vereador voltou a cobrança e recebeu como resposta que “constatou-se algumas reclamações, entre as quais o não funcionamento das rampas de acessibilidade, bancos sujos, rasgados, assento para cadeirante deteriorado em alguns veículos, problemas mecânicos, etc. Muitos ônibus também já estão como mais de 10 anos de uso”.

Para João Garcia, está mais do que comprovado que a empresa não cumpre o contrato. “Ou a empresa troca o veículo ou o Executivo rompe o contrato e aplica multa”.

A moradora Selma de Jesus da Cruz relatou esta semana ao programa Rotativa no Ar da Rádio Difusora que na segunda-feira perdeu horário de buscar no filho na escola porque o ônibus quebrou o eixo e a roda estava quase saindo. O ônibus reserva demorou quase uma hora para resgatar os passageiros. Na terça-feira novos atrasos foram relatados pela moradora. O usuário Aparecido Cortes diz que há muito deixou de usar a circular por falta de acessibilidade.