A frota de veículos novos e seminovos rodando pelas ruas de Fernandópolis caiu 21% nos últimos três anos. Números de março da Senatran – Secretaria Nacional de Trânsito – mostram que apenas três em 10 veículos que circulam pela cidade tem menos de 10 anos.
Em números, são 19.794 veículos (30,1%) da frota atual de 65.753 veículos que saíram das fábricas a partir de 2013. O restante, 45.959 veículos (69,9%) formam o grupo com mais de 10 anos de rodagem.
O alto preço do veículo zero quilômetro é apontada como principal causa do envelhecimento da frota de veículos que ocorre de maneira generalizada por todo o país. O índice de 69% de veículos com idade acima de 10 anos é o mesmo registrado também em Rio Preto, conforme reportagem do Diário da Região.
Sem renovação, a frota de Fernandópolis envelheceu 21% em apenas três anos, ou seja, em 2020, os veículos novos e seminovos representavam 38,4% da frota circulante, ou seja, 23.733 veículos de uma frota na época de 61.688. Hoje esse percentual caiu para 30,1%. São 19.794 de um total de 65.753 de veículos.
POLUIÇÃO
Com mais “velhinhos” nas ruas, mais poluição no ar. Em Fernandópolis, como mostrou reportagem do CIDADÃO em junho de 2022, os veículos mais antigos são os vilões na emissão de gases do efeito estufa. Eles representam 71% do total gases lançados na atmosfera no quesito energia que, por sua vez, responde pelo total de 34% das emissões de gases do efeito estufa em Fernandópolis.
No caso de carros mais velhos, devido seus recursos tecnológicos serem de uma época em que a indústria automobilística não tinha tantos dispositivos de retenção de gases do efeito estufa, como hoje, a quantidade de emissão tende a ser maior.
Rodando pela cidade, de acordo com números do Senatran, são 2,8 mil veículos da década de 70; 5,7 mil da década de 80; e 9,9 mil da década de 90. Os mais antigos, anteriores a década de 70, são 242 veículos, os chamados “antigos de coleção”.
O maior número de veículos rodando pela cidade são os fabricados a partir de 2000. São 19,8 mil (de 2000 a 2009) e de 22,9 mil (2010 a 2019). Apenas 4,2mil veículos fabricados a partir de 2020. Os novinhos em folha, modelo e ano de fabricação 2023/2024, somam apenas 149 veículos.
MÉDIA MAIS ALTA
No Brasil, um estudo do Sindipeças - Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores - apontou que a idade média dos veículos brasileiros vem aumentando desde 2014. No período de 2010 a 2022, o envelhecimento elevou-se em quase dois anos.
Para ter uma ideia, em 2014, a idade média era de 8 anos e 6 meses. Em contrapartida, atualmente, a idade média dos veículos brasileiros é de 10 anos e 7 meses, sendo de 10 anos e 9 meses para automóveis e 8 anos e 5 meses para motos.
De acordo com os dados compilados por CIDADÃO na planilha de março, da frota de 65.753 registrada em Fernandópolis, 49% são automóveis (32.316) e 29% motos e motonetas (19.682). O restante 22% (14.465) é composta de outros tipos de veículos (caminhões, tratores, ônibus, etc).