Quem passou pela Praça Dr. Fernando Jacob no final da tarde de terça-feira, 28, ficou no mínimo curioso ao ver um cidadão mascarado com um mega óculos, touca e um violão nos braços. Aliás, parecia estar cantando, mas sua voz não podia ser ouvida. Quem estaria por trás desse mistério todo?
A equipe de reportagem do programa Rotativa no Ar, da rádio Difusora FM, encontrou o figura na quarta-feira, 29, na rotatória da rodoviária e foi conversar com ele para saber de onde vem, o que faz e para onde vai? Afinal, ele tinha uma mala a tiracolo.
O “Meme Humano”, como ele mesmo se define, é, na verdade, Felipe Ricotta. Um carioca com sotaque bem “carioqueixx” que, há mais de 10 anos, vive de cidade em cidade espalhando sua arte e deixando muita gente curiosa. “Sou músico, artista visual e escritor. Sempre que visito uma cidade levo essas três vertentes para as pessoas. É a minha primeira vez em Fernandópolis. A cidade é muito legal e me recebeu muito bem”, disse o artista.
Antes do personagem de ganhar as ruas no Brasil e países da América Latina, com suas apresentações em praças e rotatórias a qualquer hora do dia, Ricotta foi artista de TV. Ao lado do humorista Marcelo Adnet, ele dava vida ao Mano Kiabbo, que também usava uma máscara, no programa “15 minutos”, na MTV.
Em turnês anuais e com uma meta de compor mil músicas em cinco anos, Ricotta vive hoje pelo projeto “70 canções 70 cidades” com músicas gravadas entre 2014 e 2020. Quando questionado o porquê não se ouve ele cantar na rua, ele responde: “É minha maneira de chamar atenção para o meu trabalho. As pessoas não me escutam quando eu estou na rua, mas eu consigo chamar atenção delas, como você pode perceber. E elas ficam curiosas e acabam me escutando depois quando vão fuçar para saber quem eu sou. Parece uma loucura, mas é uma estratégia. É uma maneira de aparecer nessa guerra de atenção que a gente tá vivendo hoje em dia”, explica.
O próximo destino do “Meme Humano”? Nem ele sabe! “Alguma cidade da região talvez”, finalizou.