Resolução do governo do Estado publicado na edição deste sábado, 25, do Diário Oficial do Estado tornou sem efeito a nomeação de Fabricio Menezes Marcolino para ocupar o cargo de diretor da Drads – Diretoria Regional de Assistência e Desenvolvimento Social.
Fabricio havia sido nomeado um dia antes conforme portaria publicada no Diário Oficial de sexta-feira, 24, junto com a exoneração da diretora Marivalda Permigiani Vilarinho que ocupava o cargo deste abril de 2022, por indicação do PSDB de Fernandópolis.
Durante a semana chegou a ser ventilado o nome da ex-prefeita Ana Bim para ocupar o cargo, dada pela proximidade com o Secretário de Governo Gilberto Kassab e com o Secretário da Saúde Eleuses Paiva. Questionada por CIDADÃO, Ana Bim disse ter tratado do assunto com os secretários Kassab e Eleuses que são do mesmo partido, o PSD. A reunião na casa de Eleuses no domingo 12 de março, aguçou os meios políticos.
O novo diretor da Drads, que tinha sido nomeado na portaria de sexta-feira, é da cidade de Nhandeara onde já foi vereador de 97 a 2000. Desde 2004 vem disputando eleições para os cargos de prefeito e vice-prefeito, mas não se elegeu. Em 2020, foi candidato pelo Podemos e saiu das urnas com 38,7% dos votos válidos. Ele atuou também com assessor parlamentar. Agora a situação da Drads de Fernandópolis volta à estaca zero. O nome da ex-prefeita Ana Bim volta à bolsa de apostas para o cargo.
A DRADS
A Drads de Fernandópolis foi criada em 2005, no projeto de reorganização da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social. Braço da Secretaria de Desenvolvimento Social na região, a Drads de Fernandópolis tem sob sua jurisdição 49 municípios das regiões de Votuporanga, Fernandópolis, Jales e Santa Fé do Sul.
Pelo posto de diretor da Drads de Fernandópolis passaram vários nomes ligados ao PSDB, entre eles o de Jesiel Macedo; Lídia Mara Buissa; Osvaldo Benez Filho (Vado Benez), Artur Watson Silveira, Flávia Rezende, Meire Regina Azevedo, Nayara Colombano, Márcia Fernanda Infante e Marivalda Permigiane Vilarinho, exonerada na sexta-feira, 24.
Durante esse período houve dois episódios de repercussão política. Em 2016, quando Flávia Rezende, sobrinha do ex-deputado Gilmar Gimenes foi exonerada e no lugar foi nomeada uma indicada pelo deputado Carlão Pignatari, Meire Regina Azevedo, então assessora da esposa do deputado. O fato gerou inclusive carta de repudio do PSDB local.
Em junho de 2018, trapalhada do governo Márcio França , do PSB, que acabara de assumir o cargo de governador com a renúncia de Geraldo Alckmin para disputar a eleição presidencial. Havia expectativa de um novo nome para a Drads em Fernandópolis com base em indicação de Renato Colombano que comandava o partido na cidade. Saiu a exoneração da indicada de Pignatari, mas para o cargo, a surpresa: em vez de Naiara Colombano, irmã de Renato, saiu a nomeação de João Sabino Filho (PSDB) para o cargo, causando muita surpresa para Renato Colombano, presidente do PSB, aos tucanos, lideranças e à imprensa. Nem Sabino sabia explicar a nomeação. A justificativa para o equívoco de nomeação foi atribuída a coincidência de sobrenome, já que Renato tem também Sabino no sobrenome. Sabino foi exonerado e Naiara nomeada, com o cargo voltando a ser ocupado por fernandopolense. (Matéria atualizada)
Cópia do Diário Oficial de hoje com a resolução tornando sem efeito a nomeação de político de Nhandeara para a Drads de Fernandópolis.