Sem solução à vista, a crise da Santa Casa será debatida na próxima segunda-feira, 13, durante reunião que está sendo convocada para acontecer às 14 horas no Palácio 22 de Maio Prefeito Edison Rolim. Trata-se de reunião administrativa e, portanto, fechada ao público.
Nesta semana, durante a abertura do evento “Ação Cidadã Noroeste” na praça, o prefeito abordou a crise da Santa Casa em entrevista à Rádio Difusora FM. Disse que busca-se neste momento uma saída emergencial. “No ano passado, a ajuda emergencial veio do governo estadual com a destinação de R$ 2,5 milhões. Agora precisamos encontrar outra saída emergencial para que, a partir daí, possamos discutir uma solução definitiva para a Santa Casa. Essa situação não é de hoje, vem há mais de 20 anos. A Santa Casa é deficitária. A receita é x e a despesa é dois x. Esse déficit é que precisa ser reposto”, apontou o prefeito.
O prefeito aponta que a maior dificuldade no momento é que são dois governos (federal e estadual) que estão no início ainda montando equipe. “O diretor da DRS 15, Guilherme Camargo tomou posse há 15 dias”.
“No que compete a prefeitura, estamos fazendo a nossa parte, cuidando das UBSs e da UPA, onde inclusive aumentamos o número de médicos para atender a população diante dessa situação da Santa Casa. Mas, estamos articulando com os governos estadual e federal uma saída para essa crise. Tenham calma e serenidade. Não adianta ir para as redes sociais com acusações. Isso só piora a crise. Agora é hora da gente unir forças para resolver o problema”.
Na última segunda-feira, 6, prefeito e vereadores se reuniram com Marcus Chaer quando foram informados da situação do hospital que não está mais sob intervenção. Chaer apontou que os bloqueios judiciais estão inviabilizando o hospital. O próprio provedor esteve em reunião com o Diretor da DRS de Rio Preto quando expos o quadro crítico vivido pelo hospital. “Ele está mediando com o governo estadual novas oportunidades de solução”, disse Chaer.
RECURSO
BLOQUEADO
Ainda na reunião na prefeitura, na segunda-feira, 6, foi discutida a viabilidade jurídica de repassar recurso remanescente que estava bloqueado na conta do Município desde 2018. De um montante de R$ 2,5 milhões, há possibilidade de liberar para a Santa Casa R$ 2,1 milhões, conforme determina a portaria do Ministério da Saúde de número 96, de 7 de fevereiro de 2023, que estabelece os parâmetros do auxílio financeiro às entidades privadas sem fins lucrativos que complementam o Sistema Único de Saúde, decorrente da transposição e transferência dos saldos remanescentes de exercícios anteriores a 2018. O valor foi aprovado na quarta-feira de manhã pelo Conselho Municipal de Saúde. Esse valor seria um socorro emergencial.
O repasse deverá vir através de um projeto que deverá ser enviado à Câmara para votação em regime de urgência.