O conjunto habitacional Sérgio Cavariani construído e comercializado pela CDHU, mais conhecido como “Predinhos da CDHU” fica encravado entre os bairros da Cecap e Conjunto Habitacional Wilfredo de Souza Nazaret. A entrega dos imóveis data de 2002 e, passados 20 anos, os moradores ainda enfrentam problemas de toda a ordem.
Na última sessão da Câmara, o conjunto habitacional foi tema em pronunciamentos dos vereadores. Julinho Barbeiro (PP) mostrou foto de crianças brincando numa quadra totalmente deteriorada e cobrou a prefeitura para melhorar aquele espaço de lazer.
O presidente da Câmara Gustavo Pinato (DEM) começou chamando a Praça da Saúde, construída em área anexa ao condomínio como “vergonha para a cidade”.
Depois entrou na questão dos “predinhos da CDHU” e disse que é hora de parar com os “achismos”. “Nada pode ser feito lá, no entanto, se recolhe lixo e manda a cobrança do IPTU. Tem que achar uma solução, o que não pode é simplesmente dizer que não pode fazer nada”, cobrou. Segundo o vereador, 90% dos moradores já não são os primeiros titulares. A rotatividade no condomínio é muito grande. “É impossível pensar em parceria público privada com os moradores, são todos pessoas carentes”, lembrou.
O vereador e advogado João Paulo Cantarella (MDB) interviu na fala de Gustavo Pinato para dizer que documentalmente não tem o que fazer, porque o residencial foi transformado em condomínio, em área particular, o que gera maior dificuldade para atender as necessidades dos moradores. “Tem que se buscar uma solução, voltar aquilo como área pública, porque os moradores de lá não tem condições nem de fazer operação tapa-buracos, que dirá recapear”, afirmou. Os vereadores concordaram que a prefeitura precisa agir e encontrar uma solução para dar atendimento aqueles moradores.
O Conjunto Habitacional Sérgio Carvariani é formado por vários blocos de prédios com um total de 180 apartamentos. Os moradores enfrentam todo tipo de aborrecimento. Um deles, resultou em ação civil pública em 2013 contra a CDHU. Na época, o juiz da 2ª Vara Cível de Fernandópolis, Heitor Katsumi Miúra chegou a dar prazo de 180 dias para que a CDHU promovesse a regularização da incorporação imobiliária para averbação no Cartório de Registro de Imóveis.
