O abandono de animais infelizmente é uma realidade muito cruel em todos os lugares. De acordo com Mayra Del Grossi, presidente da Associação Pelos e Patas de Fernandópolis, durante a pandemia mais animais têm sido encontrados abandonados extremamente debilitados. “O abandono aumentou nesse período, devido à falta de recursos da população para levar seus animais ao veterinário e comprar comida. Temos andado muito nos bairros e temos percebido muito a união deles. Eles andam soltos nas ruas atrás de comida”, explica a voluntária.
Na contramão dessas pessoas que cometem esse crime bárbaro, que é o abandono de animais, um jovem casal fernandopolense decidiu dar um lar, cuidar e amar um desses animais que tanto sofreu, morando inclusive no lixão para se alimentar. “Nunca havíamos cogitado a hipótese de ter um pet. Ainda mais sendo recém casados, com a casa nova e o início da construção de uma vida a dois. Só pensávamos em curtir um ao outro, a casa e viajar. Então veio a pandemia, o trabalho home office, foi quando comecei a me sentir sozinha e junto veio batendo a angústia, pensamentos negativos, ansiedade. Então pensei que talvez um cachorrinho me faria companhia e me alegraria”, conta a professora municipal, Andressa Oliveira.
Casada com o contador Bruno Benini, Andressa sempre foi muito amorosa com os animais e ficava de olho nas redes sociais em animais para adoção. “Cada coisinha fofa que meu coração apertava de dó e vontade de ajudar todos. Foi então que conversei com meu marido sobre a possibilidade de adotar, já me animei e comecei a procurar por adoções”.
A adoção da ‘Baby’ aconteceu no dia 05 de dezembro de 2020 em uma feira de animais que aconteceu em um pet shop da cidade, realizada pela Pelos e Patas. “Quando cheguei lá caí no choro ao ver aqueles animais para adoção, tão indefesos que só queriam carinho e comida. Minha ideia a princípio era um filhote, mas quando chegamos lá todos já haviam sido adotados e meu marido acabou me convencendo pela adoção da ‘Baby’ uma cachorra adulta que já veio com esse nome, então optamos por não mudar”, conta a professora.
Os primeiros momentos com a nova integrante da família foram desafiadores. “Chegando em casa ela desceu do carro e ficou embaixo do carro a tarde toda. Tentamos dar ração, água e nada, chamamos pelo nome e ela só balançava o rabo. Fiquei triste, queria ver ela brincando, mordendo tudo (risos). Depois que escureceu ela saiu para tomar água e então fomos conversando com ela, levamos para passear e aos poucos foi se soltando e virando a nossa alegria”, declara Andressa.
A vida do casal foi transformada e a ‘Baby’ se tornou a filhinha de Andressa e Bruno. “Hoje a vida com a ‘Baby’ é cheia de ‘lambeijos’ e apertões. Já virou a dona da casa. Ela nos faz perceber que não precisamos de muito para ser feliz. Nós não imaginamos mais viver sem ela, nossa filinha Baby”, completa a professora.
Segundo a presidente da Pelos e Patas, entre 2020 até 2021, 280 animais, entre cães e gatos, foram adotados em Fernandópolis.
