A crise econômica provocada pela pandemia do novo coronavírus deve deixar menos achocolatada a Páscoa deste ano. A expectativa da CNC - Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo - para a Páscoa de 2021 é de queda nas vendas de 2,2%, em comparação com a de 2020, que foi considerada muito ruim, com retração de 28,7%. Mesmo assim, a data comemorativa deve movimentar no varejo do país R$ 1,62 bilhão.
Já para a Abras - Associação Brasileira de Supermercados, a expectativa é de que a Páscoa seja positiva em 2021, com crescimento entre 10% a 15% nas vendas em comparação ao ano passado. A associação que representa o setor varejista, entre os chocolates, itens de menor valor agregado estão entre as principais apostas em volume de vendas deste ano. São exemplos as caixas de bombons (12,9%); barras e tabletes, entre outros (11,8%); e Ovos de Páscoa de até 200 gramas (9,4%). Para o almoço de Páscoa, os supermercadistas estão apostando em um maior volume de vendas dos vinhos importados (13,8%), cervejas (12,9%), azeite(13,4%) e pescados (peixes, 13%, e bacalhau, 12,1%).
Um dos entraves apontados por ambas instituições é o dólar que subiu 23% entre a Páscoa de 2020 e a de 2021. A importação de chocolates, por exemplo, somou 3 mil toneladas em 2021, a menor quantidade desde 2013. O mesmo aconteceu com o bacalhau, cuja importação totalizou 2,2 mil toneladas, menor patamar desde 2009, segundo a CNC.
A Páscoa é considerado a sexta data comemorativa mais importante para o comércio varejista brasileiro, depois do Natal, Dia das Mães, Dia dos País, Dia das Crianças e Black Friday. Apesar das incertezas, o que aparece como já bem definida é a alta no preço que alcançou 7% na média geral. Como ressalva, a Abras e a CNC destacam que esse cenário deve variar de uma região para outra e que, as estimativas podem apresentar resultados diferentes entre as regiões e estados.
