O ex-ministro da Justiça aguarda chamado e Planalto já monitora STF
Segundo fontes ligadas ao ex-ministro, Sérgio Moro pode dar aos parlamentares e ao Supremo mais detalhes sobre o que ele chamou de interferência política de Bolsonaro na PF - Polícia Federal - acusação feita por ele durante entrevista coletiva em que anunciou sua demissão, na sexta-feira, 27.
Moro tem dito à imprensa que a ida à CPI não depende dele. O que pode acontecer é ele ser convidado ou convocado pela comissão. A expectativa de parlamentares é que Moro vá, atendendo a convite, e tenha informações para além das mensagens apresentadas na última sexta-feira, que apontariam a insistência do presidente na troca da PF, com a finalidade de blindar sua família de investigações. Os integrantes da comissão articulam para retomar os trabalhos o mais rápido possível, e vão apelar ao presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, para que isso ocorra.
Quando ainda no governo, Moro dizia a aliados que, se deixasse o cargo, Bolsonaro iria “arrebentar” com a Polícia Federal. A Polícia Federal e o Ministério da Justiça argumentam que o Presidente Jair Bolsonaro escolheu nomes do círculo pessoal e ligados à família Bolsonaro como a indicação de Alexandre Ramagem (PF) e Jorge Oliveira (Justiça) que foram tomadas com base em consultas familiares e de advogados da família, como o advogado Frederick Wassef, que defende Flavio Bolsonaro na investigação envolvendo o esquema de “rachadinhas”. As nomeações, entretanto, ainda não ocorreram.
