Após as polêmicas e protestos pela erradicação dos ipês roxos (árvore símbolo de Fernandópolis) da Avenida Ângelo Del Grossi para construção do novo Terminal de Passageiros e das árvores frutíferas plantadas por moradores no canteiro central da Avenida Raul Gonçalves Junior, uma boa notícia para o meio ambiente em Fernandópolis. A prefeitura abriu pregão para comprar 26 mil mudas de árvores nativas.
A compra faz parte do projeto do Executivo com a chancela da Secretaria do Meio Ambiente que estabelece propostas para a preservação e restauração da mata atlântica em áreas de preservação permanente no município de Fernandópolis aprovado pela Câmara.
O primeiro passo para esse projeto sair do papel foi a abertura de licitação, modelo pregão presencial, tipo menor preço, para aquisição de 26 mil mudas de árvores nativas e insumos que serão utilizados no reflorestamento. O prazo para abertura das propostas é 12 de setembro e a prefeitura estima investir R$ 134 mil.
O plano é ambicioso e estima que nos próximos quatro anos sejam recuperados um total de cerca de 6,4 mil hectares de área de mata atlântica e assim, restaurar o equilíbrio ecológico no município. Uma área reflorestada demanda tempo e estima-se que a recuperação se dê em 100 anos.
Questionada, a Secretaria do Meio Ambiente respondeu que a compra das 26 mil mudas é parte de um projeto com elaboração, implantação e finalização em quatro anos. “As primeiras 3.500 mudas vão ser plantadas em nascentes no Córrego da Aldeia. A ideia é que todas as mudas sejam plantadas no entorno deste córrego”, explica a SMA.
A secretaria apontou os procedimentos para acompanhamento das mudas plantadas, até os dois primeiros anos. “Essas mudas vão receber a rega, o controle de formigas e a capina para evitar a proliferação das plantas daninhas”, esclarece.
“Esse é um dos grandes projetos que a Prefeitura está executando com a finalidade de cumprir o Plano Municipal de Mata Atlântica que foi aprovado. É um projeto que prevê nas próximas décadas reflorestar e restaurar a vegetação nativa de 20% da área de Fernandópolis, que corresponde a aproximadamente 10 mil hectares. Hoje o município tem conservado em torno de 3.600 hectares, então a ideia é repor os 6.400 hectares, ou seja, praticamente o dobro da área atual”, acrescenta a nota da Secretaria do Meio Ambiente, cujo titular atual é o engenheiro agrônomo Luiz Sérgio Vanzela.
ESPÉCIES NATIVAS
A prefeitura apresentou na lista de compra quase uma centena de espécie de árvores nativas da mata atlântica que serão utilizadas no projeto.
Na relação aparecem árvores como Abacateiro, Açoita Cavalo Graúdo, Açoita Cavalo Miúdo, Agulheiro, Farinha Seca, Alecrim de Campinas, Amendoim Bravo, Angico Branco, Araça Amarelo, Araticum Cagão, Aroeira Branca, Aroeira Pimenteira, Aroeira, Babosa Branca, Cabreúva, Cabreúva Vermelha, Cedro Rosa, Cedro do Brejo, Cerejeiro do Mato, Copaíba, Embaúba, Embaúba, Figueira Branca, Gabiroba de árvore, Guapuruvu, Guarantã, Guaritá, Guatambu Vermelho, Ingá, Ipê Branco, Ipê Roxo Bola, Ipê Roxo Sete Folhas, Ipê Verde, Ipê Felpudo, Jaracatiá, Jatobá, Jerivá, Leiteiro, Paineira, Pau Dálho Gallesia, Pau de Leite, Pau Ferro, Pau Formiga, Pau Jacaré, Pau Marfim, Peroba Rosa, Pitanga, Taiúva, Tamanqueiro, Tarumã, Tarumã, Urucum, Ipê Amarelo, Jenipapo, Pau Jangada, Sarandi, Unha de vaca, entre outras.
A empresa vencedora da licitação, na entrega das mudas, conforme pedido da Secretaria do Meio Ambiente, deverá ter uma diversidade de 40 a 60 espécies entre as mudas nativas. Essas mudas deverão ter altura de 80 cm a 1 metro e ter sido produzida em viveiro certificado.
