“Nunca nos omitimos”, diz provedor da Santa Casa em audiência pública

20 de Agosto de 2025

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“Nunca nos omitimos”, diz provedor da Santa Casa em audiência pública

A Santa Casa de Fernandópolis promoveu na quinta-feira, 15, uma audiência pública para trazer esclarecimentos sobre a real situação financeira da entidade e rebater críticas que lhe foram direcionadas após a deflagração de uma operação policial no fim do mês passado. 

Para a audiência, o provedor da Santa Casa, Fernando Cordeiro Zanqui, convocou todo corpo jurídico da entidade, bem como auditores contábeis e o administrador hospitalar Duilio Igor Oliveira. 
“Fico muito contente em ver os guerreiros da Santa casa aqui, pois só quem trabalha lá sabe o fardo que carregamos todos os dias, porém estamos de pé e trabalhando. Estou muito contente também de ver a população preocupada com a instituição. Estamos aqui para tirar todas as dúvidas, como sempre estivemos. Nunca nos omitimos e sempre estivemos de portas abertas para tirar qualquer dúvida que seja da população”, disse Zanqui. 
Foram quase três horas de explanação com a apresentação de balancetes e auditorias das contas da Santa Casa, além da demonstração de algumas atuações da atual diretoria para conter o aumento da dívida do hospital que vinha em uma crescente desde 2013, inclusive com um gráfico demonstrando a evolução da dívida nos últimos anos.  
Segundo os documentos, a dívida atualizada é de R$ 40 milhões, sendo R$ 18 milhões a curto prazo e R$ 22 milhões a longo prazo. 
 “A Santa Casa é deficitária há no mínimo 9 anos e mesmo com todo trabalho que já fizemos até aqui ela não deixou de ser deficitária. A perspectiva para 2019 é excelente, mas até agora nós conseguimos apenas diminuir o déficit, o que impede o crescimento exorbitante da dívida e não a diminui”, explicou Duilio ao ser questionado pelo vereador Murilo Jacob (PR) sobre como a dívida não diminuiu mesmo com o aumento da arrecadação e a contratação de um empréstimo.  
Além de responder aos questionamentos do público e dos vereadores, os administradores do hospital ainda mostraram uma série de contratos antigos que foram refeitos por não serem vantajosos para a entidade, dentre eles alguns de diagnósticos por imagens, outros com planos de saúde e o principal que era na área de hemodiálise.