O município de Fernandópolis reúne especialistas em hanseníase para o 1º Simpósio Regional de Hanseníase, que ocorre nos dias 16 e 17 de agosto. Por ano, são diagnosticados cerca de 30 mil novos casos de hanseníase no Brasil – número similar às notificações anuais de casos novos de HIV/AIDS. Mas o Brasil só perde para a Índia em número de casos de hanseníase (doença antigamente conhecida como lepra).
O simpósio promovido pela Sociedade Brasileira de Hansenologia (SBH) e Prefeitura de Fernandópolis é dirigido a estudantes, médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos e outros profissionais da saúde. “Convidamos grandes especialistas para discutir questões como diagnóstico da hanseníase, tratamento e outros temas porque só com profissionais capacitados e campanhas educativas para a população podemos enfrentar este cenário”, informou o médico infectologista Marcio Gaggini
A hanseníase tem cura e o tratamento é gratuito em todo o Brasil, mas o diagnóstico da doença ainda é tardio. “Pacientes são diagnosticados quando já apresentam sequelas, muitas delas irreversíveis, e depois de terem convivido com a doença por muitos anos”, alerta o presidente da SBH, Claudio Salgado.
Segundo ele, é imprescindível que os profissionais de saúde estejam preparados para diagnosticar a doença precocemente.
“O preparo dos profissionais de saúde para diagnóstico e tratamento ajudará o Brasil a controlar a doença, quebrar a cadeia de transmissão e a curar o paciente, antes que a doença provoque incapacidades físicas”, diz Salgado. A SBH tem alertado autoridades sobre a necessidade de capacitar profissionais de saúde da atenção básica e orientar a população.