SSP afirma que busca por desaparecidos continua em Fernandópolis

20 de Agosto de 2025

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SSP afirma que busca por desaparecidos continua em Fernandópolis

Questionada por CIDADÃO, a SSP – Secretaria de Segurança Pública – do Estado de São Paulo, informou que a Polícia Civil não interrompeu as buscas pelos aposentados Josias Marques da Silva, de 62 anos, e Durvalino Perasol, 80 anos, que estão desaparecidos respectivamente há oito e cinco meses. 

Em nota, a secretaria informou que a DIG - Delegacia de Investigações Gerais – já realizou diversas diligências e agora busca novos elementos que possam auxiliar na elucidação dos casos. 
“Os dois casos citados pela reportagem permanecem em investigação pela Delegacia de Investigações Gerais de Fernandópolis, por meio de PID - Procedimento de Investigação de Desaparecido. A equipe ouviu familiares, testemunhas e realizou análise de imagens de câmeras de monitoramento. Os agentes buscam por novos elementos que possam auxiliar no encontro das vítimas”, diz o documento.
Josias Marques da Silva sumiu em 7 de novembro e até hoje, nem a família e tampouco a polícia encontraram pistas de seu paradeiro. Já Durvalino Perasol completou cinco meses de desaparecimento na terça-feira, 25. 
JOSIAS
O caso do desaparecimento de Josias é um mistério. Ele saiu de sua casa na região do bairro da Estação, segundo a filha Josiane Flauzino, apenas com a roupa do corpo, portando os documentos e o dinheiro de sua aposentadoria, sem dizer para onde iria. 
Josias teria sido visto por último nas proximidades do Condomínio Brasitália. A família inclusive solicitou a gravação de algumas câmeras de segurança na região para confirmar se de fato era ele e se chegou a pegar carona com alguém, já que chovia muito no momento.  
A DIG apura o caso desde então e inclusive realizou uma busca na mata que margeia o córrego Santa Rita, nas proximidades de onde ele teria sido visto por último, logo no início das investigações. Com autorização judicial, o sigilo bancário dele também foi quebrado e ficou constatado que desde o seu desaparecimento que ninguém sacou sua aposentadoria, descartando, em tese, a possibilidade de que ele tenha sumido por conta própria. 
DURVALINO
Três meses depois uma segunda família em Fernandópolis iniciou o mesmo drama. Desde o dia 25 de janeiro, está desaparecido o senhor Durvalino Perasol, 80 anos. Ele saiu de casa, no bairro Santa Filomena, para consertar um relógio e desapareceu sem deixar pistas. Desesperada, a família fez um apelo através do Rotativa no Ar, da Rádio Difusora na esperança de obter alguma informação.  
O filho Almir Perasol, o Professor Almir como é conhecido, esteve no programa e relatou o drama da família por informações que levem a localização do pai. O idoso desaparecido tem marca-passo e toma remédios para pressão alta e convulsão. 
De acordo com Almir, o pai saiu de casa e veio para o centro da cidade com o objetivo de consertar a pulseira de um relógio e comprar doces. Ele esteve por volta das 10 horas na Relojoaria Freitas no centro da cidade, foi atendido, pagou pelo serviço. A partir dali, o paradeiro do senhor Durvalino é um mistério.
 “Quando ele não chegou em casa para o almoço por volta do meio dia, minha mãe me ligou e já começamos a procura-lo. No final da tarde, percebi que o negócio era grave e fiz um boletim de ocorrência do seu desparecimento. Além da Polícia Civil, a Polícia Militar, Bombeiros e até o Samu, estão com fotos dele na tentativa de encontra-lo”, relatou o filho.
A última pista que recebeu indica que o senhor Durvalino tomou direção contrária a da sua casa, no bairro Santa Filomena, zona sul da cidade. Ele teria sido visto próximo ao cruzamento da Avenida Expedicionários Brasileiros, cruzamento com a Marginal Litério Grecco. A família já verificou imagens de 11 câmeras pela cidade por onde supostamente ele teria passado, mas não obteve êxito.
De acordo com o filho, o pai saiu de casa trajando uma camisa polo azul, com listras horizontais na frente em tom verde e vermelha (mais fina), bermuda de brim cinza escuro e sapatênis. Tem estatura mediana (entre 1m65 e 1m70), cabelos brancos, usa óculos, olhos esverdeados, pele clara. Tinha no bolso apenas a carteira com o RG e um pequeno valor em dinheiro, parte usou para pagar o serviço na Relojoaria.
“Temos fé e esperança que ainda possamos encontrar o meu pai vivo. Como ele viveu sua vida em sítio, pode ter ser perdido na zona rural”, disse Almir.  A família disponibilizou os telefones 99735-3153 e 3442-1408 para receber informações. As Polícias Militar e Civil também podem ser acionadas em caso de informações. 
CASO SEMELHANTE 
Caso semelhante aconteceu em abril do ano passado, quando o aposentado Mauricio Ramiro da Costa, de 67 anos, também saiu de casa e não retornou. A família imediatamente iniciou uma campanha nas ruas e pelas redes sociais, mas infelizmente, 13 dias depois, ele foi encontrado morto em uma mata no prolongamento da Avenida Raul Gonçalves Junior.