A primeira etapa da campanha contra a febre aftosa no Estado de São Paulo, que já está em andamento, tem novidades neste ano.
A dose da vacina passou por mudanças em sua composição, com o objetivo de reduzir as reações nos animais, e foi reduzida de 5 ml para 2 ml.
Iniciada no dia 1º, a campanha segue até o dia 31 de maio e é voltada para bovídeos (bovinos e bubalinos) de todas as idades. O Estado não registra focos da doença desde 1996.
O rebanho no Estado de São Paulo é de 11 milhões de cabeças.
De acordo com a Confederação Nacional de Agricultura (CNA), que solicitou ao Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) a redução da dose, quando o animal vai para o abate, se houver alguma inflamação causada pela vacina, a parte afetada é retirada da carcaça antes de ser pesada e isso gera prejuízo ao pecuarista.
O produtor perde, em média, de dois a três quilos de carne por animal abatido, quando as lesões provocadas pela vacinação são encontradas.
Para a Secretaria de Agricultura do Estado, um dos principais objetivos na mudança da vacina é o de menor volume de óleo mineral, com consequente redução de reações alérgicas nos animais.
Outra medida foi a retirada do sorotipo C. Estudo do Centro Pan-Americano de Febre Aftosa que concluiu pela inexistência do vírus da febre aftosa tipo C na América do Sul foi determinante para a recomendação da Comissão Sul-Americana para a Luta contra a Febre Aftosa suspender a vacinação com esse sorotipo na região.