Na tentativa de conter o avanço da dengue, que já causou 60 mortes este ano no Estado de São Paulo, a Secretaria da Saúde vai pagar extras a cerca de mil agentes das prefeituras que se dispuserem a trabalhar aos sábados no combate ao mosquito Aedes aegypti.
A remuneração será de R$ 120 por dia de trabalho. Serão atendidos de imediato 50 municípios com incidência superior a 300 casos de dengue por 100 mil habitantes e com tendência de aumento. A maioria das cidades fica nas regiões noroeste e norte do Estado. Fernandópolis, por exemplo, enfrenta sua pior epidemia de dengue já registrou uma morte, conforme números divulgados no início do mês.
Além da dengue, o Aedes transmite zika e chikungunya, sendo ainda potencial transmissor da febre amarela. A pasta vai usar, de início, R$ 238,5 mil do Fundo Estadual de Saúde para pagar as diárias.
As prefeituras terão de assinar termo de adesão e garantir que os agentes trabalhem ao menos dois sábados por mês. Eles terão de fazer visitas domiciliares para eliminar criadouros do mosquito e mobilizar a população nessas ações, elaborando relatórios das atividades. A Secretaria fornecerá orientação e apoio técnico.
As cidades atendidas ficam nas regiões de Araçatuba, Araraquara, Franca, Bauru, Barretos, São José do Rio Preto, Marília e Presidente Prudente.
E nesta semana a dengue fez mais uma vítima na região. Um gari de 27 morreu de dengue hemorrágica após ter passado seis vezes pela Upa em Rio Preto. A família acusa negligência médica. O caso está sendo apurado.