Prefeitura nega que tenha proibido oração nas escolas

20 de Agosto de 2025

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Prefeitura nega que tenha proibido oração nas escolas

A Prefeitura de Fernandópolis negou, por meio de sua secretaria de Comunicação, que tenha proibido os professores e cuidadores de fazer orações com as crianças, como era de costume, nas dependências das escolas e creches da cidade. Segundo a pasta, o que houve foi uma orientação da Procuradoria Jurídica do município que acabou se espalhando entre os diretores por meio de grupos de WhatsApp. 
O assunto veio à tona por meio da denúncia de um pai que ficou revoltado com a situação. Em entrevista ao programa Rotativa no Ar, da Rádio Difusora, Célio – que pediu para preservar seu sobrenome temendo represália aos seus filhos -, cobrou explicações da Prefeitura, após um deles lhe falar da proibição.
“Meu filho chegou em casa ontem dizendo que não fez a oração na escola porque foi proibido. Agora queria saber o motivo disso, pois para mim a oração cabe em qualquer lugar, ainda mais para crianças de 7, 8, 10 anos que está começando agora a escolher o seu caminho e acho que o melhor caminho é o da oração, o da fé. Não sei se estou certo ou errado, mas queria saber de onde veio essa ordem, se não pode ter um ‘Pai Nosso’ na escola, pode ter o que então?”, questionou o pai. 
Procurada, a Prefeitura de Fernandópolis informou, por meio de uma nota, que a decisão teria sido tomada a partir da reclamação de uma mãe, que não queria que o filho participasse dos momentos de oração na escola. 
“A questão é que uma mãe entrou com uma reclamação oficial alegando que não quer que o filho participe no Pai Nosso. Foi solicitada uma orientação a Procuradoria Jurídica do Município sobre esse tema. Foi orientado juridicamente que por momento seja suspenso, para uma análise melhor do caso. Ainda não existe uma decisão sobre este caso. A intenção do prefeito é que se mantenha e vai aguardar analise total do tema”, diz a nota. 
Após a publicação da reportagem, CIDADÃO recebeu o contato o secretário de Comunicação, Paulo Boaventura e depois do próprio Prefeito André Pessuto (DEM) alegando que a informação não está correta. 
“Houve sim uma orientação da Procuradoria Jurídica do município para que fosse suspenso, mas nada foi oficializado pelo município até o momento. O problema é que o caso se espalhou por grupos de WhatsApp dos diretores das escolas e alguns entenderam que o melhor seria suspender”, disse Boaventura. 
Pessuto foi além e disse que jamais acataria tal orientação e que só faria essa determinação caso recebesse uma ordem judicial. 
“Se a mãe quiser que entre na justiça. Eu mandei manter a oração e não mandarei parar nunca a não ser que venha uma ordem judicial para isso. Quem me conhece sabe que sou muito religioso e que jamais faria isso”, disse o prefeito em contato com a redação.