Temporal atingiu Fernandópolis na noite de segunda-feira, 25, com grande intensidade de descargas elétricas. Um raio pode ter atingido o transformador que fornece energia para a UPA e também queimou as placas do gerador, deixando a unidade às escuras por volta das 22h30.
De acordo com dados do ELAT - Grupo de Eletricidade Atmosférica - do INPE - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - Fernandópolis registrou entre a segunda e terça-feira, dias 15 e 26, 235 raios nuvem-solo (raios que atingem o chão).
Em nota, a Prefeitura de Fernandópolis informou “que em decorrência da forte chuva registrada no final da noite da última segunda-feira, 25, houve a queda de energia no prédio da UPA, em decorrência de estouro do transformador afetando diretamente as placas do gerador”.
A empresa Elektro foi acionada e identificou os problemas ocasionados no transformador substituído na manhã de terça-feira, além dos reparos no gerador de energia. O atendimento na UPA que havia sido suspenso na segunda-feira, às 220h30 foi restabelecido no dia seguinte às 10h40.
Na nota, a prefeitura confirma que “com a queda da energia foram danificados: 02 computadores, 01 impressora e 01 balança digital”.
“Os atendimento por um período de 12 horas (durante o fechamento da UPA) foi realizado na UBS do Pôr-do-Sol e casos mais graves foram regulados pelo SAMU e encaminhados diretamente para a Santa Casa.
Os dados da Rede Brasileira de Detecção de Descargas Atmosféricas - operada com exclusividade pelo Elat – Grupo de Eletricidade Atmosférica do Inpe registraram em Fernandópolis desde o início do verão, de 21 de dezembro a 26 de fevereiro, 1.020 raios nuvem-solo em Fernandópolis.
A temporada de Verão vai até 20 de março e até lá todo cuidado é pouco, segundo especialistas do grupo Elat. Foi no verão de 2016, no dia 6 de março, que a cidade registrou madrugada com tempestade e 665 raios nuvem-solo.
O raio é uma descarga elétrica de grande intensidade que ocorre na atmosfera. A intensidade típica de um raio é de 30 mil ampères, cerca de mil vezes a intensidade de um chuveiro elétrico. Em geral, os raios provocam um clarão e, logo em seguida, o barulho denominado trovão, por causa do deslocamento de ar.
O Brasil é campeão mundial na incidência do fenômeno. O Estado de São Paulo é o que registra maior número de vítimas por raio.
Segundo pesquisadores do Elat, as ocorrências de raios são comuns nas áreas centrais, onde há uma concentração elevada de prédios. Na zona rural, os animais são as maiores vítimas de raios.
No ranking nacional, Fernandópolis aparece em 1.878º lugar entre os municípios com maior incidência de raios por km2. No estado, está em 362º lugar.
CHUVA
O mês de fevereiro terminou mais chuvoso do que janeiro. De acordo com a Estação do Ciiagro em Fernandópolis, a chuva acumulada no mês chegou a 257,6 mm. A Estação da Cemaden registrou volume de 241,4 mm.
Durante o mês, foram registradas chuvas volumosas. As mais intensas ocorreram no dia 15, com 65,5 mm e no dia 22 com 45 mm.
O acumulado de chuva em fevereiro foi praticamente o dobro da chuva registrada em janeiro. O índice acumulado janeiro foi de 126,2 mm
