Enquanto a família de Luis Pessuto, 87 anos, pede para que ele diminua o ritmo depois de mais de 40 anos se vestindo de Papai Noel, uma nova geração de pessoas com o coração cheio de amor está surgindo para não deixar o encanto do Bom Velhinho se acabar.
Um dos exemplos vem do bairro Maria Nazaretti e se espalha pelas regiões mais pobres da cidade. Leandro da Silva Gregio tem 40 anos, dos quais 15 dedicou a uma ação anônima com o único intuito de ver o sorriso no rosto de centenas de crianças fernandopolenses.
Todos os anos ele prepara, com a ajuda de amigos, dezenas de quites com balas, doces e chocolates, se veste de Papai Noel e sai pelas ruas dos bairros mais pobres da cidade, no Natal, distribuindo para crianças carentes.
“Um amigo meu tinha uma roupa de Papai Noel parada na loja, eu peguei essa roupa dele e disse que iria fazer ações para agradar as crianças dos bairros mais pobres. Aí comecei a montar os quites e distribuir no Ipanema, Redentor, Parque Industrial e vários outros. Depois que vi a alegria deles pela primeira vez, nunca mais quis parar”, contou Leandro.
Para ele, a ação é simples, mas ajuda a manter viva a magia do Natal e a levar pelo menos um pouco de alegria a crianças que talvez não tivessem motivos para sorrir no dia em que a maioria das pessoas está reunida com a família com fartura e presentes.
“Você não tem noção do quanto é gratificante ver o sorriso dessas crianças, é muito puro. É por isso que eu quero continuar enquanto forças eu tiver e quando não tiver mais, quero passar isso aos meus filhos para que eles mantenham essa tradição viva”, completou.
Além das ações nos bairros Leandro também atende ao chamado de pais que querem manter essa magia.
Ao Papai Noel, Leandro só tem um pedido: “Saúde, tudo que eu peço é saúde para poder continuar com esse trabalho e ver a alegria da criançada”, concluiu.