O ex-vereador Luis Antonio Pessuto, 87 anos, não abre mão de se vestir de Papai Noel com a tradicional roupa de cor escarlate, a barba branca postiça, o saco de presentes nas costas e o cajado na mão direita. Pronto, está feita a mágica que é capaz de abrir largos sorrisos nos rostos de crianças e idosos. “Não tem dinheiro que pague isso. Enquanto viver vou me vestir de Papai Noel”, diz com emoção.
Nesta semana, o Papai Noel Luis Pessutto participou da Festa de Natal organizada pelo empresário Índio Fernandes para os idosos do Parque Residencial São Vicente de Paulo. “Sempre participei dessa festa, os idosos abrem um sorriso, abraçam, beijam a gente, não querem largar. Fico muito feliz de estar com eles”, conta.
Luis Pessutto recebeu CIDADÃO em sua casa na Avenida Paulo Saravalli, a poucos passos da Praça da Matriz. Ali, sentado em sua cadeira defronte a TV, recordou dos anos como Papai Noel e da alegria das crianças quando veem o bom velhinho. “É um sorriso lindo, puro, sincero, sem maldade”, descreve.
Na sua vida como Papai Noel já experimentou emoções extras. Chegou de helicóptero para ser recebido pelas crianças no Estádio Municipal e de avião em um encontro aéreo promovido pelo Sistema Líder de Comunicação no final de ano com direito a rasante no Aeroporto Municipal.
Apesar da idade, 87 anos (vai completar 88 em 23 de fevereiro) diz que não pensa em se aposentar como Papai Noel. “Enquanto viver não abro mão de me vestir de Papai Noel, de jeito nenhum. Isso é coisa de Deus. Me dá uma alegria imensa”, enfatiza com energia.
A história do “seo” Luis como Papai Noel tem quase 40 anos. A filha, Gilce Pessutto lembra que foram várias gerações de crianças que viram o pai vestido como “Bom Velhinho”. Hoje pela idade, ele participa apenas da festa do asilo.
Por decreto, Luis Pessutto é o “Papai Noel Oficial” de Fernandópolis desde 2012, decreto que confere também à Casinha do Papai Noel na praça o seu nome.
Em 2013 quando completou 30 anos de exercício da função natalina ele foi homenageado pela sociedade civil e imprensa de Fernandópolis, recebendo o título “Cidadão do Bem” em um evento de Natal na Praça da Aparecida.
Na política onde militou por vários mandatos como vereador, Pessutto cunhou frases como essa: “Tudo termina em frango com polenta”. Hoje, diz que tem orgulho em ver o sobrinho, André Pessuto, no comando da cidade, com muita honestidade.
Entre os muitos hobbies que ele também conserva é o de cantar. É só pedir e ele abre a garganta relembrando grandes sucessos. Durante o bate papo com CIDADÃO e Rádio Difusora, cantou duas músicas, Mia Gioconda e o Ébrio, que o também ex-vereador Ricardo Franco pede que ele cante sempre que se encontram. “Agora estou mais em casa, saio pouco, mas tenho tudo que preciso, minha família sempre comigo e meus amigos”, afirma.
