Idosa esquecida em Rio Preto entra com ação contra Prefeitura

20 de Agosto de 2025

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Idosa esquecida em Rio Preto entra com ação contra Prefeitura

Uma idosa de 70 anos que foi esquecida pelo ônibus da secretaria Municipal de Saúde de Fernandópolis em São José do Rio Preto, enquanto passava por uma consulta, entrou com uma ação pedindo indenização de R$ 20 mil contra a Prefeitura, por danos morais. A aposentada alega que depois do caso, ela desencadeou problemas graves de pressão em virtude do estresse que foi submetida. 

O caso ocorreu em abril. Leonice Antolini havia passado por uma cirurgia no olho dias antes e precisou voltar a Rio Preto para um retorno com o médico no AME – Ambulatório Médico de Especialidades – de lá. Para tal, ela foi a Central de Saúde e reservou uma vaga no ônibus, que a levaria e traria de volta para Fernandópolis. 
O problema é que o que lhe foi prometido na hora do agendamento, não foi cumprido. Sua consulta demorou mais do que o esperado e, depois dela enfim ser atendida pelo médico, acabou sendo deixada para trás. 
“Quando acabou minha consulta eu saí do AME correndo para pegar o ônibus e vi quando ele acabou de virar a esquina. Aí eu entrei em pânico, comecei a chorar, pois não conheço nada ali e minha pressão que já estava alta subiu mais ainda”, contou ela em entrevista à Rádio Difusora, no dia seguinte ao ocorrido. 
Sem dinheiro, sem ter como se comunicar e sem seu remédio de pressão, dona Leonice se sentiu perdida. Foi quando ela decidiu procurar socorro dentro do próprio AME e as atendentes permitiram que ela ligasse para sua filha. 
“Eu liguei para minha filha e de lá ela conseguiu falar com um motorista que estava aqui e quando eu já não tinha mais esperança nenhuma, ele chegou para me buscar”, completou. 
Revoltada com o que passou dona Leonice decidiu processar a Prefeitura. O pedido de indenização por danos morais foi distribuído essa semana ao juiz Mauricio Ferreira Fontes, da Vara do Juizado Especial Cível e Criminal. 
“Não é por dinheiro. O que passei lá não quero que ninguém nunca mais passe. Isso é uma irresponsabilidade muito grande e se não fossem as meninas lá do AME para me acalmar um pouco nem sei se estaria aqui hoje. Eles precisam aprender a lidar com as pessoas e que isso não se faz. Espero que assim, mexendo no bolso, eles aprendam”, concluiu.