A derrubada de pelo menos 20 árvores que ocupavam a área onde será construído o novo Terminal Rodoviário gerou revolta e protestos durante todo o fim de semana em Fernandópolis. Vídeos, fotos e textos de indignação tomaram conta das redes sociais, enquanto nas ruas e grupos de WhatsApp também não se falava em outra coisa.
As árvores foram arrancadas pela empreiteira responsável pela obra, na manhã de ontem, 25, após a emissão da ordem de serviço pela secretaria municipal de Obras. A cena de uma retroescavadeira derrubando os Ypês Roxos – que por ironia é a árvore símbolo da cidade – comoveu a população que, pela primeira vez, começou a questionar sobre a real necessidade da obra.
“Realmente quem deveria dar exemplo e plantar verde, faz exatamente o contrário! Que falta de sensibilidade, uma cidade que tem o selo verde, se contrapõe derrubando árvores que fazem parte da história”, postou Robison Luis de Souza. “Porque não integrarem às árvores ao novo projeto? Afinal, elas já estavam lá há décadas?”, questionou Cristiane da mata. “Uma agressão, cena triste de se ver”, completou Érika Ramanholi.
A construção da nova Rodoviária, mais moderna e de menor proporção, tem como finalidade, segundo a Prefeitura, desocupar a atual para que ela se torne o novo Paço Municipal, após passar por uma reforma.
Para tal, o município conseguiu um empréstimo de R$ 5 milhões junto ao Finisa -Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento - da Caixa Econômica Federal. A empresa vencedora ofereceu pegar a obra por R$2.699.999,99. O restante do recurso será utilizado para a reforma e adaptação do antigo Terminal, que deve ser iniciada apenas após a conclusão da primeira obra.
Após a conclusão das duas obras, o antigo paço – na rua Bahia – deverá ser desocupado e vendido para que os recursos sejam utilizados na quitação de débitos do município para com o Iprem – Instituto de Previdência Municipal.
