Abandonado há anos, Tênis Clube começa a tomar nova forma

20 de Agosto de 2025

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Abandonado há anos, Tênis Clube começa a tomar nova forma

O cenário de abandono que se viu por anos em uma das áreas mais nobres do município começa a tomar nova forma. Depois quase uma década servindo apenas como refúgio para mendigos, usuários de drogas, traficantes e prostitutas, a sede do antigo Uirapuru Tênis Clube recebe agora as primeiras obras por parte de seus novos proprietários. 

Pela ordem, após a falência do clube em 1999 a área ficou abandonada e sem manutenção até que o imóvel passou a pertencer ao município em 2008, com o projeto de construção de um Centro de Excelência em esporte, mas a iniciativa não foi levada à frente pela administração à época e o Tênis Clube ficou abandonado. 
Dois anos depois, novo projeto. Uma pedra fundamental da UPA – Unidade de Pronto Atendimento – foi lançada no local pela administração da época. Ela seria ali construída, mas a obra não avançou e só saiu seis anos depois e numa área bem distante.
Novamente relegada ao abandono, a área foi então posta em leilão pelo prefeito da época Luiz Vilar de Siqueira, em 2012, e arrematada por um grupo formado por Sérgio Luis Rola, Adriana Andrade Macedo, Ricardo Alexandre Barbieri Leão e a Ciacor Distribuidora de Tintas, que foi representada por Edvaldo Messias Vilas Boas. Eles fizeram uma oferta de R$ 4, 015 milhões.
Já sob a posse da iniciativa privada esperava-se que o histórico de abandono fosse encerrado e que os vizinhos do local enfim encontrariam o sossego. Mas não foi bem assim. A demolição do prédio começou no dia 25 de outubro de 2012, mas alguns cômodos ficaram para trás e assim como nos anos anteriores, continuou a abrigar usuários de drogas e moradores de rua, além de servir de motel para alguns. 
Em 2016 o sargento da Polícia Militar Ailton José dos Santos, mais conhecido como cabo Santos, utilizou de seu perfil no Facebook para comparar o local a uma “mini-Cracolândia”, postando fotos de pessoas amontoadas nos cômodos abandonados, bem como cachimbos utilizados no consumo da droga. 
“Lá encontrei muitos mendigos e usuários de drogas amontoados. Vi ainda muitas embalagens de entorpecentes e camisinhas espalhadas pelo chão. O cheiro era insuportável”, disse ele na ocasião. 
À época CIDADÃO procurou os novos proprietários da área, mas apenas um foi encontrado para comentar o assunto. De acordo com a empresária Adriana Macedo, diretora da rede de sapatarias “Dri Calçados”, Supermercados Pejô várias ações foram feitas para tentar coibir a entrada e permanência de pessoas no imóvel, mas nada teria adiantado e que os demais cômodos da área não foram demolidos, pois seriam utilizados futuramente após uma reforma.
ENFIM 
Dois anos depois, enfim a área começou a tomar forma. Um dos proprietários do terreno começou a construir pequenos salões comerciais. Eles estão voltados para a rua Francisco Arnaldo da Silva, já a partir do cruzamento com a rua Rio de Janeiro. 
Não há informações ainda sobre o que será feito com o restante da área, mas pelo menos a limpeza se tornou periódica e a movimentação de máquinas e trabalhadores inibiu a presença de usuários de droga e moradores de rua.