Desde o dia 1º de novembro, Fernandópolis já acumulou até ontem, sexta-feira, 9, 120 mm de chuva. Mais da metade dessa chuva acumulada caiu apenas num único dia, a quarta-feira, 7, que registrou em apenas uma hora, entre 14 e 15 horas, chuva de 52 mm (cada milímetro corresponde a um litro d´água por metro quadrado). Em alguns pontos, a chuva chegou a atingir 115 mm.
A chuva torrencial de quarta-feira deixou rastro de destruição pela cidade. Embaixo de chuva, o prefeito André Pessuto mobilizou a equipe para atender emergências como na Escola José Cardoso Tavares no Jardim Uirapuru que inundou e as crianças precisaram ser retiradas do local. Ao lado, onde a prefeitura canaliza um córrego, uma cratera engoliu parte da Rua Tupã e local ainda representa ameaça, já que a chuva não deu trégua até ontem.
“Faça chuva ou faça sol, a gente vai continuar trabalhando em prol da população”, disse o prefeito em vídeo gravado na escola. Ainda no bairro, moradores que moram em ruas sem asfalto ficaram isolados.
Houve danos também na Avenida Juscelino Kubitschek que dá acesso ao Trevo de Água Vermelha com desmoronamento de barranco, atingindo parte da pista que precisou ser interditada. No bairro Alto das Paineiras a chuva causou danos em ruas já asfaltadas.
Nas redes sociais, o empresário Índio Fernandes registrou alagamento em sua Estância, zona rural, na Rodovia Antonio Faria e apontou que a chuva na quarta-feira chegou a 115 mm no local. A chuva também levou pânico e desespero na chácara onde Simone Nascimento que mantém a ONG Afada teve que retirar os animais dos canis que foram inundados e parcialmente destruídos. Ela pediu ajuda pelas redes sociais.
O Centro Integrado de Informações Agrometeorológicas que mantém estação hidrológica em Fernandópolis na UniBrasil registrou entre as 7 horas da manhã de quarta-feira e 7 horas da quinta-feira, chuva acumulada de 75,7mm. O maior volume ficou concentrado entre 14 e 15 horas na quarta-feira. Em menos de uma hora choveu 52 mm.
Além dos estragos registrados, a malha viária de Fernandópolis também foi castigada e o que já era ruim, ficou ainda pior e só deve melhorar com o recapeamento que vem sendo realizado e que deve atingir cerca de 300 quarteirões nos próximos meses.