O delegado da DIG – Delegacia de Investigações Gerais – José Hamilton Cardoso Machado disse esta semana em entrevista ao programa Rotativa no Ar da Rádio Difusora que o inquérito sobre o crime de latrocínio que teve como vítima o taxista Gabriel dos Santos, está em fase de conclusão. “Estamos dependendo apenas de perícia da arma e do projétil para fechar a investigação”, disse.
Ele admitiu ainda a possibilidade de indiciar uma terceira pessoa no caso. Trata-se da pessoa que forneceu a arma para Renan Silva de Araújo. Essa pessoa foi ouvida quando estava detida na cadeia de Guarani d´Oeste pouco antes de ser liberado após pagamento de fiança por violência doméstica.
Os assassinos do taxista de Fernandópolis, foram presos em Selvíria (MS) dois dias após o crime e já foram transferidos para nossa região. Atualmente estão recolhidos na Cadeia de Santa Fé do Sul, mas devem ser transferidos para o CDP de Riolândia. É provável que Renan seja enviado para outro presidio por questão de segurança, por envolvimento em caso de estupro coletivo junto com o pai, quando ainda era menor.
De acordo com o delegado, Renan, autor do disparo fatal contra o taxista, e Breno, que até então não tinha passagem pela polícia, devem ser indiciados por latrocínio, crime que prevê pena de 15 a 30 anos. Para o delegado, o taxista foi executado friamente pelos bandidos que queriam vender o carro “para conhecer o Brasil”. Segundo o delegado, Breno confirmou o depoimento que prestou quando da prisão em Selvíria, Já Renan, preferiu manter silêncio e falar apenas em juízo. No depoimento quando da prisão, havia confessado ser autor do disparo que matou o taxista.
Após concluir o inquérito, o caso será remetido ao Poder Judiciário. O caso de latrocínio (roubo seguido de morte) não é julgado pelo Tribunal do Júri, mas pelo juiz singular.
Na entrevista, o delegado comentou ainda sobre o caso do assassinato de Evanildo Pagliuso, que também é tratado como latrocínio. José Hamilton confirmou o sigilo para não prejudicar as investigações e disse que já há suspeitos do caso. O delegado admitiu o prejuízo do campo da perícia já que os autores do crime atearam fogo no imóvel e no veículo da vítima para apagar evidências. “Usaram a tática do despiste”, disse o delegado.
CRIME DA RUA BAHIA
O Tribunal do Júri de Fernandópolis foi instalado na quinta-feira, 23, para o julgamento de Manoel Braz dos Santos Machado e Pedro Paulo Lopes, acusados de matar a tiros de pistola 9 mm, José Silas Pereira da Silva e Ubirajara Correa de Andrade, ocorrido em 15 de setembro de 2010, na Rua Bahia esquina com na Avenida dos Arnaldos, defronte a Leiteria. O juiz Vinicius Castrequini Bufulin, da 2ª Vara Criminal de Fernandópolis, anunciou a pena de 28 anos de prisão a cada um dos réus.