Doria foi alvo preferencial de adversários em debate

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Doria foi alvo preferencial de adversários em debate

No primeiro debate entre candidatos ao governo do Estado de São Paulo ocorrido entre o final da noite desta quinta, 16, e o início da madrugada desta sexta, 17, na TV Bandeirantes, eles buscaram explorar as fragilidades dos adversários. Um dos principais alvos dos rivais foi o ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB), que aparece em primeiro lugar na maioria das pesquisas de intenção de votos até aqui, dividindo a dianteira com Paulo Skaf (MDB).
Logo no início do debate, o candidato ao governo pelo PDT, Marcelo Cândido, questionou a política alimentar adotada pelo tucano. Ele lembrou que Doria quis adotar a farinata, que chamou de "ração humana", nas escolas. O candidato petista também criticou a política de saúde do tucano numa replica a Doria, que havia acusado o PT de deixar a Prefeitura de São Paulo sem medicamentos quando ele assumiu a prefeitura em 2017. O atual governador do Estado, Márcio França (PSB), que é candidato à reeleição, também alfinetou Doria por ter fechado unidades de saúde da Capital.
Também partiu de França o primeiro ataque direto a Doria pelo fato de ele ter abandonado a Prefeitura de São Paulo para se candidatar a governador, embora tenha prometido cumprir o mandato de prefeito até o final. O tucano deixou a prefeitura em abril após 1 ano e três meses de um mandato de quatro anos. "43 vezes você prometeu que cumpriria seu mandato na Prefeitura de São Paulo (...). Não traio meus amigos, não traio minhas posições e não engano o povo", disparou França numa réplica a Doria, que havia dito que o governador havia mudado de ideia em relação a lei aprovada no Estado que proíbe a caça do javali.
França foi criticado por Skaf pela situação da saúde pública no Estado e também pela candidata do PSOL, Lisete Arelaro, por ter fechado hospital em Bauru.
O petista aproveitou críticas de Skaf em relação à saúde pública em São Paulo para lembrar o congelamento, por parte do governo federal comandado pelo presidente Michel Temer, de investimentos durante 20 anos - incluindo na saúde. Skaf é candidato do partido de Temer. França foi outro a vincular o candidato emedebista ao presidente.
Doria também foi para cima dos adversários, sempre aplaudido pelos correligionários na plateia. Atacou Marinho quando questionado pelo petista sobre a alta rejeição entre os eleitores da Capital por ter deixado a prefeitura. "Se eu tivesse péssima avaliação, não estaria liderando as pesquisas enquanto o senhor está na lanterna com 4%", devolveu o tucano, que também apontou os escândalos do petista quando era prefeito de São Bernardo. Também atacou o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu.
Em sua vez de fazer perguntas para os rivais, no entanto, o tucano evitou direcioná-las para os adversários mais competitivos. Em uma delas, por exemplo, escolheu o candidato Rodrigo Tavares (PRTB), a quem questionou o pensa sobre as denúncia de corrupção envolvendo o PRTB.