ernandópolis fez história este ano nos Jogos Regionais. Em uma disputa entre 49 municípios, a cidade conquistou a sexta colocação, ficando atrás apenas de Rio Preto, Votuporanga, Araçatuba, Catanduva e Birigui. Não obstante o excelente resultado de toda delegação fernandopolense, uma parte dela em especial despertou ainda mais atenção e nos encheu de orgulho.
Trata-se da equipe ACD – Atletas com Deficiência – que sozinha foi responsável por trazer 12 medalhas para Fernandópolis, sendo 11 de ouro e uma de prata. E foi por conta deste protagonismo que CIDADÃO decidiu iniciar uma série de reportagens para contar a história desses atletas.
Para começar a série, convidamos Jaime Antonio Ferreira da Silva. Ele conquistou quatro medalhas de ouro (100, 200 e 400 metros rasos no atletismo e outra nos 100 metros costas na natação), além de uma de prata (100 metros nado livre) e encantou Fernandópolis com sua história de superação em nossa última edição.
Agora, dando continuidade à apresentação da equipe ACD da cidade, convidamos Marcos Antonio de Freitas. Ele foi responsável pela conquista de mais três medalhas de ouro por meio do atletismo, área que conheceu há menos de um ano.
Marcos era motorista de caminhão, até que no ano passado sofreu um grave acidente em uma viagem para o Mato Groso, onde em uma colisão frontal acabou sofrendo uma séria lesão na coluna. Com o trauma ele foi parar numa cadeira de rodas, além de diversas outras lesões pelo corpo.
“Após o acidente comecei a fazer fisioterapia no Lucy Montoro e foi lá que começaram a me incentivar, então despertei interesse pelo esporte”, contou.
Ele então passou a treinar nas modalidades de arremesso de peso, dardo e de disco e em menos de um ano de treinamento se sentiu preparado para disputar sua primeira competição oficial e de cara conquistou suas três primeiras medalhas, todas de ouro.
“Decidi tentar e felizmente consegui. Me sinto muito feliz em ter conseguido representar bem minha cidade e superar minhas próprias limitações”, completou.
Marcos encontrou no esporte não só o benefício para seu corpo, mas também para sua mente e alma. Como sempre foi muito ativo, se viu para baixo quando não conseguia mais trabalhar e pouco se locomovia. Agora tem orgulho de dizer que é um atleta.