Ponte Rodoferroviária completa 20 anos e sofre com abandono

20 de Agosto de 2025

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Ponte Rodoferroviária completa 20 anos e sofre com abandono
Inaugurada em 29 de maio de 1998 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso, a Ponte Rodoferroviária sobre o Rio Paraná, sofre com o abandono. Ao completar 20 anos, o que deveria ser motivo de comemoração, foi alvo de protestos de moradores da região.
Nas redes sociais centenas de pessoas lembram o aniversário da ponte e lamentam o abandono. De acordo com os usuários da ponte, a fiação da iluminação foi roubada e a pista apresenta muitos buracos. 
 “Pena que está abandonada daquela forma, sem iluminação e muitos buracos! Antigamente era lindo de se ver, principalmente a noite, hoje não tem nem como ver mais ela como antigamente”, escreveu Adriano Marafante. “Eu passo duas vezes por dia nesta ponte sem iluminação, teve o tapa buracos mês passado e não foi o estado de SP que fez não sim MS”, registrou Alex Bueno. “Precisando urgente de manutenção... abandono total... voltaremos a usar balsas” alertou Osvaldo Oliveira. 
O governo do Estado de Mato Grosso do Sul assumiu a manutenção da ponte rodoferroviária, que liga Aparecida do Taboado (MS) e Santa Fé do Sul, sobre o rio Paraná, desde 2014, quando o governo federal delegou ao Estado a exploração do trecho de rodovia BR-158, que passa pela ponte.
Na época o governo do Mato Grosso do Sul chegou a anunciar que abriria licitação para concessão da ponte por 20 anos e que isso resultaria na implantação de pedágio. Na época, a região se mobilizou contra o pedágio. Na troca de governo, o assunto saiu de pauta e hoje a ponte está abandonada. 
HISTÓRIA - A Ponte Rodoferroviária liga os estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo sobre o Rio Paraná, unindo a cidade sul-matogrossense de Aparecida do Taboado à cidade paulista de Rubinéia.
Sua construção fora defendida por Euclides da Cunha, em 1901 e, meio século depois, na Conferência dos Governadores da Bacia Paraná-Uruguai.
Foi inaugurada em 29 de maio de 1998, após um investimento de mais de R$ 800 milhões pelos governos federal e de São Paulo. A construção ficou a cargo da construtora brasileira Constran.
Possui quatro faixas de rolamento para veículos rodoviários na parte superior, duas em cada sentido, ligando as rodovias Euclides da Cunha (SP-320) e BR-158, sendo importante ligação entre as regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Na parte inferior possui uma via ferroviária.
Sua construção possibilitou a conclusão da ferrovia Ferronorte, que liga a malha ferroviária do estado de São Paulo à cidade de Alto Taquari, no estado de Mato Grosso, permitindo o escoamento da produção de grãos de parte do Centro-Oeste brasileiro.
Sua extensão total é de 3.700 metros, sendo portanto a maior ponte fluvial brasileira. Cada vão possui 100 metros de extensão.