Ouvidor diz que Ademir de Almeida foi infeliz em seu pronunciamento

20 de Agosto de 2025

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Ouvidor diz que Ademir de Almeida foi infeliz em seu pronunciamento

Em entrevista ao vivo ao programa Rotativa no Ar da Rádio Difusora, o ouvidor público municipal, Edmar de Oliveira, disse que o vereador Ademir de Almeida (PSD) foi infeliz ao questionar o trabalho da empresa Cantoia & Figueiredo e da Ouvidoria Municipal em relação à iluminação pública.

Pela ordem, na sessão do último dia 13, Ademir utilizou a Tribuna da Câmara para fazer queixas sobre o serviço, que segundo ele não está a contento. Durante sua explanação, ele disse que a empresa, que é de Votuporanga, estaria roubando o dinheiro de Fernandópolis e que a Ouvidoria Municipal não funciona. 
“Passou da hora de mandar esse pessoal embora. Esse pessoal de Votuporanga está só roubando nosso dinheiro aqui. Isso não é culpa do André, pois essa empresa foi contratada em 2014, agora está acabando o contrato é hora de mandar embora”, disse o vereador.
A fala do edil gerou um ato de desagravo, primeiro pela empresa e agora por Edmar. Procurada, a empresa Cantoia & Figueiredo encaminhou uma nota à redação de CIDADÃO, lamentando às críticas de Ademir que, segundo ela, são infundadas e despropositadas. 
“A empresa Cantóia Figueiredo informa que presta serviços desde 2014 em Fernandópolis, realizando todas as manutenções apresentadas à mesma pela Prefeitura através das ordens de serviços emitidas, não havendo qualquer mácula na prestação do serviço. Desta forma, as acusações do nobre edil, são totalmente despropositadas e encontram-se amparadas em total desconhecimento do contrato realizado pela Prefeitura e empresa”, rebateu a Cantoia.
Em entrevista à Difusora, Edmar reforçou o que foi dito pela empresa e também criticou a falta de conhecimento do vereador em relação ao contrato e a forma como ele tratou a situação. 
“As palavras do vereador foram infelizes, pois antes de questionar algo, devemos procurar informações sobre como realmente funciona, que é o que vocês estão fazendo. Quando uma pessoa diz que ligou na ouvidoria e não foi atendida, primeiro ele deve entrar em contato conosco e ver o que aconteceu, pois nem sempre isso procede”, disse ele. 
De acordo com o ouvidor, o serviço em relação a iluminação pública funciona da seguinte forma: o munícipe liga na ouvidoria, ou registra via internet pelo site da Prefeitura, faz a abertura de uma ocorrência e imediatamente ela é encaminhada, via sistema, para a empresa, que a partir daquele momento já está notificada e com todos os dados da ocorrência. Do momento que ela recebe essa reclamação, ela tem 72 horas para executar o serviço. 
“É uma sistemática que realmente funciona e vem funcionando em Fernandópolis, mas em algumas épocas acredito que não funcione. A empresa tem uma base estabelecida em Votuporanga a equipe de profissionais está aqui todos os dias, porém quando a ocorrência cai no sistema após as 14h numa sexta-feira, por exemplo, fica difícil para eles resolverem o problema, então a pessoa procura o vereador e diz que já faz três dias que ligou e não resolveram o problema. O prazo é de 72 horas úteis. Então onde está o problema? No contrato! A empresa está cumprindo com o contrato, não está errada. O que tem que ser feito é uma alteração contratual”, explicou. 
 Edmar disse ainda que já fez uma sugestão ao prefeito André Pessuto (DEM), que resolveria o problema e agora aguarda um posicionamento. 
“O que resolveria este problema é uma ronda noturna, por meio da Defesa Civil. Vai gerar ônus ao município, mas é algo necessário. Essa ronda iria adiantar a reclamação, pois o que acontece muito também é que o munícipe vê o poste apagado em vez de ligar na Ouvidoria, fica esperando o vizinho ligar e o vizinho faz o mesmo. Aí, depois de 15 dias no escuro, ele vai atrás do vereador ou nas redes sociais e reclama que faz 15 dias que ele está no escuro”, concluiu.