De 2012 até 2017, cerca de 15 mil trabalhadores não voltaram para casa, no Brasil, entrando para a estatística de vítimas de acidentes de trabalho fatais. Em Fernandópolis, no período foram reportadas, segundo o MPT, 17 mortes.
“Além da perda de mais de 15 mil vidas humanas, são 2.500 famílias que ficam órfãs a cada ano devido à negligência de empregadores que não consideram o trabalho seguro como condição para o trabalho digno”, alertou o procurador-geral do MPT - Ministério Público do Trabalho, Ronaldo Fleury, durante apresentação dos números atualizados do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, nesta segunda-feira, 5.
Considerados os filtros selecionados, foram registradas, no Município de Fernandópolis/SP, 2.076 comunicações de Acidente de Trabalho entre 2012 e 2017.
De acordo com os dados, foram 457 acidentes com cortes, laceração, ferida contusa e punctura; 344 contusões, esmagamento (superfície cutânea), 335 fraturas, entre outros tipos de acidentes. A maioria dos acidentes ocorreram em atividades de atendimento hospitalar (255), fabricação de álcool (186) e abates de reses, exceto suínos (145).
Os números do “Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho” apontam ainda que 7 ocorrências envolveram menores de 18 anos. Fernandópolis registra média de um acidente de trabalho por dia, 28,8 por mês e 346 por ano.
No município Fernandópolis, foram registrados 814 auxílios-doença por acidente do trabalho no período compreendido entre os anos de 2012 e 2017. O impacto previdenciário dos afastamentos da localidade foi de R$ 6.914.880,45, com a perda de 149.274 dias de trabalho. Mais detalhes na edição impressa do CIDADÃO de sábado, 10.