A tímida recuperação de empregos registrada até novembro por Fernandópolis se esfarelou com os números do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados divulgados nesta sexta-feira, 26, pelo Ministério do Emprego e Trabalho. Pelo terceiro ano seguido, a cidade fecha com saldo negativo, ou seja, mais trabalhadores foram demitidos do que contratados.
Fernandópolis ainda sofre os efeitos da crise econômica nos últimos 3 anos. Em 2015 a cidade fechou o ano com saldo negativo de -681 postos de trabalho; em 2016, -219; e este ano, -18.
Historicamente, dezembro sempre foi um mês com grande desemprego por conta do fim da safra de cana. Nos últimos cinco anos, o segmento da indústria de transformação acumula saldo negativo que é o resultado da diferença entre contratações e demissões: -31 (2013), -276 (2014), -180 (2015), -210 (2016) e -257(2017). Essas perdas eram compensadas pelo resultado positivo em outros meses do ano. Só que também em 2017, Fernandópolis não acompanhou o desempenho regional. Foram seis meses com desempenho positivo e seis no negativo. No resultado final, entre admissões e demissões, Fernandópolis perdeu mais 18 postos trabalho.
Além da indústria de transformação, outros segmentos também demitiram mais do que contrataram, casos de serviços (-96), construção civil (-10). Apenas o comércio, no mês do Natal teve desempenho positivo (+20).
Outras cidades da região também registraram desempenho negativo em dezembro. Jales, -33; Catanduva, -211; Votuporanga, -35; e Rio Preto, -1.061. Mirassol, fugiu a regra, e teve saldo positivo de 2 empregos. Só que o saldo negativo de dezembro foi compensado pelo desempenho positivo no ano. Resultado: todas, menos Fernandópolis, fecharam 2017 no azul.
Tomando-se por base o número de trabalhadores empregados em dezembro de 2013 (9.214) e os empregados em 2017 (5.851), o número de empregos fechados na cidade no período é de 3,3 mil.
