Apesar de junho no vermelho, cidade fecha semestre com saldo positivo no emprego

20 de Agosto de 2025

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Apesar de junho no vermelho, cidade fecha semestre com saldo positivo no emprego

Cada vez que o Ministério do Emprego e Trabalho divulga os números do Caged – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, aumenta a expectativa sobre os sinais que a economia vem emitindo em meio a crise econômica que colocou na rua cerca de  14 milhões de trabalhadores.  

Os sinais emitidos ao longo do primeiro semestre são positivos, mas, os números de junho lançam um ponto de interrogação sobre a recuperação da economia. Fernandópolis fechou o semestre com saldo positivo, em que pese o saldo de junho ter ficado no vermelho com o fechamento de 92 postos de trabalho. 
O melhor desempenho do semestre ocorreu em abril, quando o saldo entre admissão e demissão foi de 240 postos de trabalho abertos  com carteira assinada. 
Junho, no entanto, quebrou a sequência positiva. O mês registrou mais demissões (651) e menos admissões (411).
Em que pese o desempenho negativo de junho, o semestre janeiro a junho manteve o índice no azul. A cidade gerou mais 306 postos de trabalho, superior aos desempenhos em igual período de 2016 e 2015. A estatística dos últimos 12 meses mantém o saldo positivo.  (veja quadro com os números da década).
Em junho, só o segmento de serviços contratou mais do que demitiu, ainda assim, um saldo pífio, de apenas 2 empregos (contratou 160 demitiu 158).  Os demais, fecharam postos de trabalho: Indústria de transformação (-12), construção civil (-61), comércio (-15), agropecuária (-3). 
A cidade de Votuporanga é o ponto fora da curva. A cidade apresentou saldo positivo de 373 empregos em junho e fechou o semestre com mais 1.200 trabalhadores contratados. As demais, Rio Preto, Jales, Mirassol e Fernandópolis,  registraram desempenho negativo em junho. 
A expectativa agora é pelos próximos números do Caged, a partir das mudanças da Legislação Trabalhista que entram em vigor em 120 dias. 
DISTRITO AMBIENTAL
O prefeito André Pessuto confirmou essa semana  que vem trabalhando para resolver dois gargalos no programa de desenvolvimento industrial de Fernandópolis que afetam a geração de empregos.  
Um deles, é o caso do Distrito Empresarial 5, denominado Ângelo Simonato. A área de 10 alqueires, adquirida pela ex-prefeita Ana Bim em sua primeira gestão, foi dividida em 23 lotes licitadas na gestão do ex-prefeito Luiz Vilar, na modalidade doação onerosa, ou seja, os empresários beneficiados seriam responsáveis pela implantação da infraestrutura na área.  Até hoje, contudo, o Distrito não teve ocupação. A falta de interesse é explicada pelo atual prefeito pelo fato da área não ter testada para a Rodovia Euclides da Cunha , além dos problemas ambientais.
A solução para ocupação dessa área passa, segundo o prefeito, pela implantação do Primeiro Distrito Ambiental do Brasil. A proposta está em andamento. As empresas que receberam áreas no local estão negociando a devolução para a prefeitura que pretende alocar no local as empresas que atuam com material reciclado e que hoje ocupam áreas urbanas em conflito com moradores e sem capacidade de crescer para gerar mais emprego. “Creio que no Distrito Ambiental haverá expansão e maior geração de trabalho”, estima André.
Em relação ao Distrito Industrial VI, as obras de abertura da avenida marginal para acesso à área estão em andamento e deve ser concluída em breve. A prefeitura aguarda a liberação do financiamento para implantar a infraestrutura para iniciar a ocupação. “A nossa prioridade é fortalecer a indústria local, como fizemos com a KiSol que recentemente, após anos de espera recebeu a posse definitiva da área e com isso poderá investir e expandir seus negócios. É dessa forma que vamos conseguir ampliar a oferta de emprego na cidade”, disse.  Pessuto citou ainda que outra empresa da cidade, a Rodonaves, empresa de transportes que tem mais de 100 caminhões registrados na cidade e que está de mudança para área no Distrito Industrial IV.