O juiz da 1ª Vara Criminal de Fernandópolis, Arnaldo Luiz Zasso Valderrama, deve decidir nos próximos dias se aceita a terceira denúncia criminal com base nas investigações da Polícia Federal, sobre fraudes na FEF - Fundação Educacional de Fernandópolis.
Os ex-presidentes Luiz Vilar de Siqueira - também ex-prefeito - e Paulo Sérgio Nascimento, além de outras seis pessoas foram acusadas formalmente pelos crimes de formação de quadrilha, falsificação e uso de documentos falsos. Se a denúncia for aceita, todos deixam de ser investigados e passam a ser réus no processo
Trata-se do caso envolvendo uma operação supostamente fraudulenta entre a FEF e uma usina açucareira de Alagoas, que causou um prejuízo de mais de R$ 3 milhões a instituição fernandopolense.
A negociata envolveu títulos de crédito da usina, que foram adquiridos pela FEF por intermédio da ABRACI - Associação Brasileira de Assistência ao Cidadão -, sediada em Curitiba-PR. Os títulos seriam utilizados no abatimento de dívidas da Fundação Educacional com a Receita Federal.
Mesmo sem confirmar a validade dos títulos, os valores foram pagos antecipadamente pela FEF. Posteriormente, a Receita Federal verificou que os títulos não tinham valor contábil e, por esta razão, multas e juros foram adicionados à dívida.
CONFISSÃO
Após a deflagração de uma operação da Polícia Federal que descobriu essa, dentre outras fraudes na Fundação, o empresário Elair José Ozório, que presidia a ABRACI, confessou, que ficou com R$150 mil dos R$ 3 milhões desviados da FEF no golpe. Ele afirmou ainda que o restante do dinheiro foi repassado aos outros envolvidos no esquema.
A denúncia está conclusa para decisão desde o último dia 11.