A Secretaria Municipal do Meio Ambiente, recriada pelo prefeito André Pessuto, já prepara uma ação emergencial para conter o que o titular da pasta Angelo Veiga, chamou de desordem no descarte de lixo, entulho e galhos oriundos da poda de árvores na cidade. “Estamos tentando estancar esse negócio de jogar lixo na periferia e estradas”, afirmou em entrevista à Rádio Difusora.
Na gestão passada, a secretaria do Meio Ambiente foi agregada à de Agricultura. Agora, voltando a ter vida própria, a secretaria voltou também para sua sede anterior, na área da Escola Agrícola Melvin Jones, onde está o Viveiro de Mudas.
No primeiro balanço que fez do quadro relativo ao meio ambiente na cidade, Veiga relatou que a “situação é critica” em relação a entulho e lixo que é jogado em toda a periferia da cidade. O problema também envolve o descarte oriundo de podas de árvores na cidade. “Temos alguns passivos que estão na Cetesb e no Ministério Público e estamos concentrando esforços para resolve-los”, enumerou o secretário.
Para “estancar o problema” foram espalhadas caçambas exatamente nos pontos de descartes. “É uma ação para estagnar esse descarte irregular e visa atender o pequeno gerador de resíduos. Os grandes geradores precisam entender que terão que contratar empresa para dar destinação correta aos resíduos que produzem. Não dá mais para transferir o problema para o município.Eles jogam os resíduos em qualquer lugar e a prefeitura tem que limpar e ainda pagar por tonelada para depositar esse resíduo no aterro de meridiano. É o dinheiro suado da população que poderia ser investido em saúde e educação e está indo literalmente para o lixo. A população tem que saber disso”, relatou.
Segundo o secretário, o prefeito André Pessuto está empenhado nas causas ambientais e deu liberdade para montar um projeto para se resolva o problema. “Temos uma equipe técnica já trabalhando para resolver esses passivos”. Na equipe da Secretaria do Meio Ambiente, Veiga conta com o coordenador de Pós-graduação da Unicastelo, Luiz Sérgio Vanzela e com a coordenadora do curso de Engenharia Civil da FEF, Stefani Sugahara. O objetivo é envolver os estudantes desses cursos nos projetos.
Os locais onde as caçambas foram espalhadas são conhecidos pontos de descartes: continuação da Avenida Duque de Caxias no Paraíso (estrada de terra); na entrada e no interior do bairro São Francisco; na estrada que margeia a ferrovia, ao lado do Condomínio Brasitâlia; na Avenida Aldo Livorati, ao lado do ribeirão Santa Rita, entre as Avenidas dos Arnaldos e Amadeu Bizelli; Estrada do Córrego da Bala (acesso a Alcoeste); Avenida Aluízio Vieira Coimbra no Parque Universitário; estrada do Coqueiro; e estrada para Meridiano, ao lado do Caic.
De acordo com Angelo Veiga, a situação mais grave de entulhos é no antigo Ecoponto perto do Caic. “O local ainda está sujo, mas assim que o maquinário estiver em condições vamos iniciar a limpeza do local. Pedimos a população para ajudar a fiscalizar. É só fotografar a placa do veículo que nós vamos atrás”, disse. Veiga lembrou que as caçambas espalhadas pelos pontos citados são da prefeitura.
Para o secretário, existe uma “desordem desde a hora que é colocada a caçamba até a destinação. Temos que agir e fazer um projeto completo desde educação, com normas, multas e fiscalização. Esse material descartado tem que ser separado e vale dinheiro e atualmente está sendo pago para ser enterrado. Hoje, todos estamos perdendo”, opinou.
Outra prioridade da pasta é resolver o problema do ecoponto ao lado da Fundação Educacional de Fernandópolis, onde são depositados galhos de poda. “Hoje o local está com acúmulo impressionante de resíduos de podas. Estamos perdendo noite de sono para resolver esse problema. O prefeito está ciente e sabe que a solução passa pela organização do sistema de podas. Precisamos ter uma solução técnica para esse problema”, relatou.
O ecoponto atrás da FEF já está cercado por bairros, por isso a secretaria já busca outra área para o ecoponto. No ano passado, por conta do acumulo de galhos, a área foi incendiada várias vezes. “O problema ali é grave. Vamos fazer um projeto melhor e maior. Estamos buscando uma parceria público privada”, frisou.
DISK ÁRVORE
Enquanto corre para resolver o problema dos passivos ambientais, Veiga anunciou a reativação do projeto que colocou Fernandópolis em destaque nacional pelo projeto pioneiro de plantio de árvores. “O Disk Árvore, como foi concebido, vai voltar assim que o telefone 3463-9014 for instalado na secretaria”, disse.
“A impressão que temos é que o projeto não funcionava há quase um ano, porque temos pedidos acumulados desde fevereiro passado. É um projeto importante para a cidade. Com a ajuda de empresários já conseguimos o material necessário para retomar o plantio. Os técnicos irão à casa do contribuinte, cortarão a calçada se necessário, e farão o plantio da muda adequada. O morador fica responsável em cuidar da planta”.
Veiga também anunciou que já foi criado na Secretaria um posto para recebimento de lixo eletrônico. “Esses descartes poderão ser levados na Secretaria durante o expediente, inclusive aos sábados pela manhã, que será dada a destinação correta”, explicou.
Outra medida, foi espalhar pela cidade (escolas municipais, universidades, pontos comerciais, entre outros) pontos de coletas de pilhas e baterias. Elas contem metais pesados, cancerígenas. Não pode jogar pilha e bateria no lixo comum”, advertiu.