Uma carta enviada apenas na segunda-feira, 9, pelo representante do Group Link de Hong Kong/China, Acácio José Rozendo Falcão, ao Grupo Arakaki e a Construmil, caiu como um banho de água fria na população fernandopolense. Nela, o executivo aponta a desistência do grupo chinês em realizar o aporte financeiro para a aquisição da área de 64 alqueires destinada à implantação da ZPE – Zona de Processamento e Exportação –, alegando insegurança jurídica.
Diante da desistência do grupo investidor, a Construmil Construtora e Terraplanagem LTDA, detentora das ações, decidiu aportar os investimentos sozinha. Para tal, ela solicitou nova prorrogação de prazo à Prefeitura, desta vez de apenas sete dias. Procurada, a atual administração municipal ainda não se pronunciou sobre a autorização para nova prorrogação.
De acordo com seus representantes, apesar de estar em recuperação judicial - segundo eles em virtude dos constantes atrasos dos pagamentos de obras que fizeram para o governo federal -, a empresa, que emprega 1.157 pessoas em suas unidades espalhadas pelo país, possui capacidade financeira para tocar o projeto sozinha.
A Construmil foi fundada em 1981 e desde então ela foi a responsável por inúmeras obras do governo federal, como a construção da BR-010 em Brasília e a duplicação da BR-060 em Goiás, esta última considerada uma das principais obras rodoviárias do PAC – Programa de Aceleração do Crescimento – orçada em mais de R$ 1,4 bilhão.
Procurado por CIDADÃO, o Grupo Arakaki não atendeu e nem retornou os contatos.