O pai do jovem Jean Perroni Fernandes, de 22 anos, condutor da caminhonete Toyota/Hillux que bateu de frente com a ambulância fernandopolense, quarta-feira, 11, na a Rodovia Assis Chateaubriand, ligou ontem, 13, para a Lucio Passeti, filho de Aparecido Francelino Passeti, de 69 anos e Maria Rosa Rapaci Passetti, de 65, que acabaram morrendo no acidente, para pedir perdão.
“Sei que isso não trará seus pais de volta e nem amenizará a dor que estão sentindo, mas quero lhes pedir perdão, do fundo do meu coração”, teria dito o pai do rapaz, que não teve o nome divulgado.
CIDADÃO entrou em contato com Lúcio, mas por estar em Olímpia resolvendo os trâmites burocráticos da certidão de óbito, ele não pôde dar mais detalhes sobre a ligação. Familiares, no entanto, afirmaram que o homem dizia estar arrasado e que uma falha mecânica teria causado o acidente.
“Meu filho não conseguiu dormir desde o acidente. Ontem ele cochilou e acordou gritando. Ele não bebe, não fuma e nem usa nenhum tipo de drogas. Compramos a camionete a seis dias e descobrimos um problema mecânico que travava o volante. Mandamos consertar e quando ela ficou pronta meu filho a pegou para viajar e o problema voltou a acontecer, o volante travou e ele acabou invadindo a outra pista”, completou o pai de Jean.
FALHA MECÂNICA
Jean Perroni também disse à polícia que uma falha mecânica teria causado o acidente após ser atendido na UPA – Unidade de Pronto Atendimento – de Olímpia. A confirmação disso, no entanto, se dará após a conclusão da perícia técnica que foi feita no local da batida.
IMPRUDÊNCIA
Logo após o acidente, em entrevista à Rádio Difusora de Olímpia, o sargento Neres, da Polícia Rodoviária Estadual, apontou que Jean, que conduzia a camionete sentido Barretos/São José do Rio Preto, teria tentado uma ultrapassagem em faixa contínua e batido na ambulância fernandopolense que vinha no sentido contrário.
“Infelizmente mais uma imprudência. Diante de uma faixa dupla bem extensa, em um local onde é totalmente proibida a ultrapassagem, ele tentou ultrapassar. Ainda não temos 100% de certeza, mas tudo indica a isso, os vestígios, a posição dos veículos...”, disse o policial.
VÍTIMAS
Leonildo Sebastião de Jesus, servidor público que completaria 29 anos de Prefeitura no dia seguinte ao acidente, levava o senhor Aparecido Francelino Passeti, de 69 anos para um atendimento no Hospital do Câncer de Barretos. A esposa de Aparecido, a senhora Maria Rosa Rapaci Passetti, de 65, o acompanhava, assim como em todas as viagens que fez ao hospital desde que descobriu um câncer há três anos. Os três morreram na hora.
LUTO
Em homenagem às vítimas do acidente, o prefeito de Fernandópolis, André Pessuto (DEM) decretou luto oficial de três dias no município. Uma equipe da secretaria municipal de Saúde também foi destacada pelo chefe do Executivo para dar toda assistência aos familiares.
Centenas de pessoas, dentre familiares, amigos, autoridades e fernandopolenses que ficaram chocados com o acidente acompanharam o velório e o sepultamento das vítimas, que só pôde acontecer na tarde de quinta-feira, 12, após a liberação dos corpos pelo IML – Instituto Médico Legal.
