Chuvas de janeiro causam danos nas estradas rurais e bairros da cidade

20 de Agosto de 2025

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Chuvas de janeiro causam danos nas estradas rurais e bairros da cidade

Nos primeiros 13 dias de janeiro a média de chuva em Fernandópolis já ultrapassou a marca de 150 milímetros (cada milímetro corresponde a um litro d´água por metro quadrado).  Já é quase metade do que choveu durante o mês de janeiro inteiro em 2016. A chuva deste ano já causou danos nas estradas rurais a ponto do secretário municipal de Agricultura, Rafael Cardoso, que está no cargo a menos de 15 dias, pedir paciência aos produtores rurais. Neste período duas pontes foram avariadas pela chuva e uma delas continua interditada.

O que difere janeiro deste ano, com o do ano passado, é que as primeiras chuvas este ano foram mais pesadas. Em pelo menos duas ocorrências, nos dias 2 e 11 de janeiro, a chuvas atingiram volumes de 61,72 mm e 52,58 mm, respectivamente. A meteorologia já está expedindo alertas para novos registros de chuvas volumosas na região nos próximos dias. Para quarta-feira, a Climatempo prevê a possibilidade (80%) de chuva acima de 80mm.
De acordo com o secretário da agricultura, neste momento não está sendo possível desenvolver nenhum plano de recuperação das estradas. “Estamos socorrendo as emergências. Por isso estamos pedindo paciência aos produtores”, apelou.
As chuvas também estão causando danos também na área urbana. Um vendaval no domingo passado destelhou casas em vários bairros da cidade. A Defesa Civil registrou ocorrência de danos em cinco imóveis no Jardim Redentor, região oeste da cidade. Também nas redes sociais moradores dos bairros Ipanema e São Francisco postaram casas que sofreram destelhamentos parciais durante a ventania.
A malha viária também está com situação piorada. Com as chuva, os buracos vão proliferando pela cidade. Desde o final do ano, a cidade está com um dos acessos ao bairro Alto das Paineiras interditado, já que a ponte que liga com o Residencial dos Botelho, foi arrastada pelas chuvas. Esta semana, a prefeitura precisou desenvolver trabalho de emergência para escoamento de água em via pública no Jardim Ipanema que estava completamente alagada, impedindo moradores de sair de casa. 
 O MAIS CHUVOS EM OITO ANOS
O ano de 2016 fechou como o mais chuvoso nos últimos oitos anos, segundos dados da Ciiagro - Centro integrado de Informações Agrometeorológicas que mantém em Fernandópolis, na Unicastelo, uma estação meteorológica automática que integra a rede hidrológica no Estado que atualiza os dados a cada hora. De janeiro a dezembro de 2016, o volume de chuva acumulado atingiu 1.463,13 mm, mais do que o dobro da chuva registrada em 2015 que foi de 652,79 mm (veja quadro). 
A chuva mais intensa registrada em todo o ano passado ocorreram nos dias 6 e 7 de março, quando o total acumulado nos dois registros atingiu 168mm. Na verdade, a chuva ocorreu apenas no domingo, mas para efeito hidrológicos as estações registram as chuvas entre 7 horas da manhã de um dia até às 7 horas da manhã do dia seguinte. Assim, as 7 horas da manhã do domingo, dia 6, o acumulado da chuva já era de 76,45mm. Mas a chuva continuou intensa por mais duas horas e às 7 horas da manhã de segunda-feira, dia 7, registrava 92,5 mm. 
Neste dia, a cidade também registrou 665 raios nuvem-solo, em um período de quatro horas entre a madrugada e manhã de 6 de março.
VIROU CRATERA

A erosão avança na Zona Norte de Fernandópolis e separa os bairros Alto das Paineiras e Residencial dos Botelho. A travessia pela Rua Carmem S. Terra não existe mais. O problema vem do ano passado e pouco antes do Natal, o que restava da passagem e que ainda era usada por pedestres, ciclistas e motociclistas foi levada pela enxurrada. Agora sobrou a cratera que aumenta a cada chuva e já começa a incomodar os moradores, preocupados também com o risco de acidentes, já que não há nenhuma sinalização no local de que a rua está interditada. Para os moradores do Alto das Paineiras a única saída do bairro é pelo Jardim Araguaia.