O prefeito eleito André Pessuto retornou de São Paulo, após participar do curso “Liderança nos Primeiros 100 Dias de Governo” convicto do quadro de dificuldade que vai enfrentar no início de gestão em 2017. A ordem é “pisar no freio” e rever toda a questão financeira da prefeitura nos primeiros seis meses de governo. “Vamos ter que tomar medidas drásticas”, afirmou.
De acordo com Pessuto, os próximos dois anos serão muito difíceis. Em um cenário complexo, com o País em crise, estados falidos, André diz que já está certo que terá que tomar decisões duras que “vão desagradar muita gente. Mas, tenho que pensar na cidade, ou então vamos pagar muito caro no futuro”.
No curso que participou em São Paulo no início da semana foram apresentados estudos do cenário econômico para Fernandópolis. Segundo André, nos primeiros seis meses de governo será preciso rever toda a questão financeira, de arrecadação e de despesa do município. Uma das questões levantadas é o desequilíbrio da arrecadação municipal em proporção à população que está limitada a 50%. “Não se trata de falar aqui em aumento de impostos, mas de melhorar a arrecadação. A nossa dívida ativa, proporcionalmente, é uma das maiores do Brasil”, comentou. O município tem para receber em IPTU, ISS e outros lançamentos, cerca de R$ 45 milhões. “Precisamos melhorar a cobrança, a fiscalização”, apontou.
Outra questão apresentada durante o curso pelos especialistas aponta que Fernandópolis gasta com terceirizadas o dobro do que deveria. “A coleta de lixo é 25% mais cara. Temos que rever todos os contratos. A hora é de colocar, extremamente, o pé no freio”, acrescentou.
Diante do cenário que foi desenhado no curso, André reafirmou a posição que já havia anunciado ao CIDADÃO: exonerar todos os servidores comissionados. “Precisamos economizar de R$ 150 a R$ 200 mil por mês com a folha de pagamento”.
Por isso, decidiu que no dia 15 de dezembro (ou 16), vai anunciar apenas os secretários. “Vou nomear apenas os secretários. Depois, com calma, vamos analisar secretaria por secretaria e fazer as nomeações necessárias”.
“Já nem penso em reeleição, porque estou convicto de que vou fazer um governo que vai desagradar muita gente. Mas, como cidadão, como filho de Fernandópolis, tenho que pensar na cidade, ou no futuro vamos pagar muito caro”, apontou.
