Há duas semanas CIDADÃO trouxe o alerta de que passadas as eleições, os vereadores da Câmara Municipal de Fernandópolis queriam flexibilizar a lei antinepotismo. Ontem, 22, porém, eles substituíram o verbo “querer” no pretérito imperfeito, pelo “poder”, no presente.
Sem discussão, quase em sussurros, os edis aprovaram por unanimidade o projeto de Lei nº 130/2016, de autoria do vereador Francisco Arouca Poço (PRB), que altera dispositivo da Lei Municipal nº 4.469/2016, responsável pela vedação da prática de nepotismo no âmbito da Administração Pública Municipal. A alteração em si não traz grandes novidades uma vez que a própria justiça já tinha considerado a iniciativa inconstitucional.
O curioso, no entanto, é que antes das eleições, o próprio autor do projeto e sua base aliada, não abriam mão de um único item da lei. Passados pouco mais de 30 dias do pleito, todos mudaram de opinião, assim como aconteceu com o projeto que aumentou o salário dos vereadores, também com o que aumentava o número de vagas na Câmara e ainda com o projeto antinepotismo, que foi colocado em votação em regime de urgência e rejeitado pela maioria na primeira vez.
