Após dois votos favoráveis a Jacob, desembargador pede vista do processo

20 de Agosto de 2025

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Após dois votos favoráveis a Jacob, desembargador pede vista do processo

A formação final do Legislativo fernandopolense para 2017 ainda segue uma incógnita, diante da espera pelo julgamento do recurso de Murilo Jacob (PR), no TRE – Tribunal Regional Eleitoral. O candidato, que obteve 920 votos no pleito, teve o registro de candidatura indeferido pelo juiz eleitoral, Arnaldo Valderrama, sob o entendimento de que ele deveria ter se afastado da função que ocupava na OAB, seis meses antes da disputa e não quatro meses, como foi feito. 
 De posse de jurisprudências contrárias a esse entendimento, Jacob recorreu da decisão e acabou sendo o quarto mais votado para o cargo de vereador. Porém, diante da pendência jurídica, seus votos não foram computados, o que acabou gerando uma grande expectativa pelo julgamento do caso, tanto por parte dele, quanto pelo seu colega de coligação William Pessuto (DEM), que dependendo da decisão pode ficar de fora da Câmara Municipal. 
“Prefiro não opinar. Quem tem que opinar é a Justiça. O fator gerador da impugnação não diz respeito a mim. A Justiça Eleitoral não tem posição firmada a respeito. Porque somados os 920 do Murilo, vai mudar o quociente e o recalculo será para todos e ninguém é capaz de assegurar quem fica e quem sai. Vamos esperar em Deus. É angustiante, temos que aguardar, pé no chão, consciente de que fizemos a coisa certa”, disse William em entrevista à Rádio Difusora. 
ANDAMENTO 
Tamanha expectativa não é por menos. Os autos estão conclusos para julgamento há mais de 30 dias e com o parecer favorável da PRE – Procuradoria Regional Eleitoral. No entanto, o caso só começou a andar essa semana, com sua inclusão na pauta de julgamento na segunda-feira, 17. 
Aberta a sessão, o relator do processo, Luiz Guilherme da Costa Wagner Junior, votou pelo provimento do recurso de Murilo e foi acompanhado pela desembargadora Marli Ferreira. Porém, enquanto muitos esperavam o fim da questão, pelo menos nessa esfera, o desembargador Silmar Fernandes pediu vista do processo, adiando assim a decisão da corte. 
Três dias depois, um despacho interno incluiu a pendenga na pauta de ontem, 21, mas o julgamento foi novamente adiado e remarcado para segunda-feira, 24.