Presidência da Câmara abre disputa a 80 dias da posse

20 de Agosto de 2025

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Presidência da Câmara abre disputa a 80 dias da posse

As urnas se fecharam a menos de 15 dias e estamos ainda a 80 dias da posse, mas já há movimentação de bastidores para as eleições do presidente para o primeiro biênio do mandato que começa em 1º de janeiro. A eleição da mesa da Câmara ocorre após a sessão de posse no Palácio 22 de Maio Prefeito Edison Rolin e será presidida pelo vereador  Aparecido Moreira da Silva, o Cidinho do Paraíso, que foi o vereador mais votado.
Com as restrições impostas a servidores públicos por conta da incompatibilidade de horários para exercício do cargo, o número de candidatos fica restrito.
Dos novatos, Cidinho do Paraíso (PR), Janaina Balieiro (PSD, Mileno Tonissi (PTB) e João Pedro Siqueira (PTB) anunciaram, a priori, que não desejariam ser candidatos. Apontam que precisam ter maior familiaridade com o Legislativo para pleitear o posto. Mas, há rumores de que Cidinho do Paraíso já admite essa possibilidade.
Willian Pessuto (DEM) aguarda a decisão do Tribunal Regional Eleitoral sobre o recurso do candidato a vereador Murilo Jacob (PR). Se o TRE acatar o recurso, Jacob deve ocupar o posto. Como é advogado, também fica impedido.
Do restante do grupo, Gilberto Vian (DEM), Neide Garcia (PP), Salvador de Castro (PDT) e Antonio Finoto (PSC), são servidores municipais e estariam impedidos por conta da incompatibilidade de horários. Vian já declarou que mesmo que pudesse não desejaria ser candidato.
A vereadora Maiza Rio (PSDB), funcionária pública estadual, revelou que está verificando legislação e que entende que poderia ocupar a presidência. Segundo ela, colegas seus já exerceram a presidência em outras câmaras, sob alegação de que cumprem períodos de plantão. Neste caso, é uma possível candidata a presidência do legislativo.
Étore Baroni (PSDB) está em vias de aposentadoria e diz que desejaria a presidência, mas para o segundo biênio. Aposentado, é um nome para a disputa
Liberados para a disputa estão Ademir de Almeida (PSD) e Júlio Cesar Alves de Carvalho, o Zarola do Sgotti, (PR).
Ademir de Almeida dá indicações que quer ser o presidente e já abriu contato com os vereadores. Zarola disse ontem em entrevista na Rádio Difusora que não tem intenção de ser candidato, mas deixou em aberto futuras conversas.
O vereador Baroni aposta em uma conversa em busca de consenso, para começar a nova gestão sem polêmicas e rachas. Ele comentou que André Pessuto e Gustavo Pinato, prefeito e vice-prefeito eleitos, não querem se intrometer no assunto. “Eles vão precisar de todos e não querem atrito, até porque ainda são vereadores”, comentou.
Com sétimo mandato, Baroni será campeão em longevidade
A próxima legislatura não terá a presença do vereador Maurilio Saves, que não conseguiu emplacar sua sétima reeleição e perderá o status de vereador mais longevo do Legislativo de Fernandópolis para Étore Baroni,.
Saves foi eleito pela primeira vez aos 23 anos, em 1982. Ao lado de Ricardo Franco de Almeida, então com 20 anos, foram os vereadores mais jovem da Câmara. O mandato foi de seis anos. O vereador manteve mandatos seguidos até 2001. Em 2004 foi candidato a vice-prefeito na chapa de Armando Farinazzo. Só voltou ao legislativo em 2012, completando um ciclo de seis mandatos, com 26 anos.
Étore Baroni também tem seis mandatos, mas todos de quatro anos. Por isso, precisará de um sétimo mandato para ultrapassar Maurilio Saves em tempo de legislativo. O primeiro mandato de Baroni foi em 1992 e de lá prá cá não saiu mais da Câmara. “Eu amo ser vereador, acho que nasci para isso. Gosto do que faço e só tenho a agradecer a população que tem me dado esse voto de confiança a cada eleição”, relatou esta semana em entrevista à Rádio Difusora.
O vereador lembrou que chegou a temer pela reeleição e enumerou algumas dificuldades,  a começar pela coligação formada. “Ninguém queria coligar com o PSDB, porque olhavam os nomes e não topavam. A coligação com o PR foi a possível”, disse. Além disso, Baroni lembra que a repercussão negativa da votação dos projetos de aumento de cadeiras e de salários em 2014, pegou muito mal perante o eleitorado. “Graças a Deus, o projeto tinha duas votações e foi possível corrigir o erro, mas sobrou alguma sequela”. A situação foi confirmada pelo vereador Gilberto Vian, também reeleito. “Fui cobrado e tive que explicar sobre os projetos e dizer que tínhamos voltado atrás”.
Dos vereadores reeleitos Ademir de Almeida vai para quinto mandato. Foi eleito pela primeira vez em 1996. Maiza Rio eleita em 2004, 2008 e agora em 2016. Em 2012, mesmo sendo a mais votada, acabou ficando de fora por conta da confusão da convenção do seu partido na época, o PMDB. Neide Garcia vai para o terceiro mandato, Gilberto Vian e Salvador de Castro, para o segundo mandato.