Faltando 15 para as eleições municipais, a campanha eleitoral em Fernandópolis ainda é modesta. Com teto de gasto estipulado pela Justiça Eleitoral, candidatos a prefeito e a vereador poderiam gastar juntos, até R$ 6,6 milhões. Até agora, de acordo com dados inseridos no site do Tribunal Superior Eleitoral, os 140 candidatos “levantaram” 8,8% desse montante, isto é, R$ 586 mil. A campanha dos milhões esfarelou-se com a crise e transformou-se em campanha dos tostões.
Na disputa pela prefeitura de Fernandópolis, o teto de gasto foi fixado em até R$ 746.110,47. Juntos, os quatro candidatos que concorrem à cadeira preta do Paço Municipal, não conseguiram levantar ainda R$ 400 mil, valor que corresponde a 13,7% do montante previsto de R$ 2,9 milhões.
Os valores constam do site do Tribunal Superior Eleitoral e foram atualizados na quinta-feira, último prazo para que os candidatos publicassem a primeira parcial de receitas e despesas da campanha..
O candidato a prefeito da coligação “Renovação, Experiência e Trabalho” liderada por André Pessuto (DEM) foi a que mais conseguiu arrecadar em doações até agora. De acordo com o site do TSE, a coligação declarou receita de R$ 247.500,00, ou seja, 33,2% do teto. A maior doação é do Diretório do PP, R$ 240 mil, além de pessoas físicas. O candidato já declarou despesas de R$ 192,3 mil.
A candidata Ana Bim (PSD) da coligação “Fernandópolis não vai parar”, levantou até ontem, 16, segundo dados da Justiça Eleitoral, o montante de R$ 93.846,29 e contabilizava despesa de R$ 31 mil. A maior doação veio da própria candidata e de pessoas físicas.
O montante de receita declarado por Ricardo Franco de Almeida (PMDB), da coligação “Experiência, Trabalho e Transparência” atinge R$ 56.335,00 e as despesas somam R$ 90,9 mil.
O candidato solitário Guilherme Vilarinho (PSL) ainda não fez nenhuma movimentação financeira na Justiça Eleitoral.
O baixo volume de recursos que está abastecendo as campanhas eleitorais é justificado pelas novas regras eleitorais para doações que excluiu a doação de empresas e só permitem doações de pessoas físicas e de partidos políticos através do Fundo Partidário, além da crise econômica.
CAMPANHA DO TOSTÃO
Se a campanha de prefeito está movimentando parcos recursos, a dos vereadores é ainda mais pobre. Pelo teto da Justiça Eleitoral, cada candidato a vereador poderia gastar R$ 27,7 mil. Se todos resolvessem gastar pelo teto, o montante de gastos chegaria a R$ 3,6 milhões.
No entanto, a movimentação financeira declarada pelos 133 candidatos a vereador é de apenas 5,2% desse montante, ou seja, junto os candidatos declararam receita de R$ 189,3 mil reais. A média de gastos por candidato é de R$ 1,4 mil.
O maior volume de receita declarado foi de R$ 17,5 mil. Mas teve candidato que declarou apenas R$ 102. Quarenta e quatro candidatos declararam receita acima de mil reais. O restante ficou abaixo desse valor.