Desde julho, a Etec - Escola Técnica Prof. Armando José Farinazzo está sob nova direção. A professora Valdete Aparecida Zanini Magalhães assumiu a direção em lugar de Fernando José Pereira, que foi o diretor que implantou e comandou a escola por 10 anos. Valdete também está na Etec desde o início. E qual será o jeito Valdete para comandar a Etec? “”Penso que seja o jeito mãe de ser, é o jeito mais de ser eu mesma: mais exigente, mais comprometida, mais carinhosa, mais preocupada, mais acessível, mais rigorosa, mais, mais, mais.... com humildade e humanidade”, relatou nesta entrevista ao CIDADÃO. Valdete explica que assumir a direção não foi tão fácil quanto se imagina. “Precisei de um trabalho de coaching para lidar com tal desafio”, assinala, além de superar diversas etapas e conquistar apoio de todos os envolvidos – alunos, professores e funcionários. “Enfim, foi realmente um processo e não uma simples decisão”, contou. Segundo a nova diretora, a Etec tem como valor a cultura organizacional. “Penso que seja o que diferencia a Etec sob todos os aspectos, e isso é algo que não podemos abrir mão”.
A senhora assumiu a direção da Etec substituindo Fernando José Pereira que comandava a escola desde sua instalação há 10 anos. Como está sendo essa missão que assumiu desde julho?
A missão está sendo gratificante, estar com um novo desafio nos dá motivação e impulsiona para novas conquistas e realizações. Estar com a equipe “Etec de Fernandópolis” é de grande responsabilidade, afinal a gestão participativa praticada na Escola requer flexibilidade, muita coerência e humildade.
Como foi a sua escolha para assumir a direção da Etec?
A escolha não foi tão fácil como se imagina. Eu já estava em uma função na gestão da Escola, como Diretora Acadêmica, e o fato de ter a possibilidade de assumir a direção teve que ser muito trabalhado internamente, já que haveria a quebra de um ciclo; precisei de um trabalho de coaching para lidar com tal desafio. Posteriormente, veio a necessidade de trilhar o caminho, passar pelas diversas etapas, conquistar apoio de todos os envolvidos – Alunos, Professores e Funcionários -, enfim foi realmente um processo e não uma simples decisão.
A senhora está na Etec também desde o início, ou seja, acompanhou todos os passos da escola. O que Etec representa na sua vida como educadora?
Realmente estou na Etec desde sua idealização com o Professor Farinazzo e posteriormente acompanhando sua implantação com o companheiro Prof. Fernando José Pereira e pelo então Prefeito Rui Okuma. Para que fosse implantada foram necessárias muitas ações e lutas incessantes, as quais acompanhei e participei ativamente, uma vez que o Fernando, assim que soube que teríamos a possibilidade de implantar a Etec em Fernandópolis, me elegeu sua parceira para tal jornada, sabendo que estaria me devolvendo à minha terra natal. O que significa? Bem, penso que só o fato de ter a oportunidade de estar com a minha gente e poder participar do desenvolvimento humano da minha comunidade, já fala por si. Estou me realizando profissionalmente, afinal ser professora para mim é participar ativamente do sucesso pessoal e profissional dos nossos Alunos e poder fazê-lo para a Comunidade Fernandopolense me traz uma realização muito grande.
Qual é o jeito Valdete de comandar a Etec?
Jeito Valdete... penso que seja o jeito mãe de ser, é o jeito mais de ser eu mesma: mais exigente, mais comprometida, mais carinhosa, mais preocupada, mais acessível, mais rigorosa, mais, mais, mais.... com humildade e humanidade, sem, de forma nenhuma, deixar de ter e exigir responsabilidade.
O que vivenciou com o diretor Fernando e que pretende manter na escola?
Vivenciei a implantação e com ela a cultura organizacional. Penso que seja o que diferencia a Etec sob todos os aspectos, e isso é algo que não podemos abrir mão... o amor pela Escola ..... e o discernimento de que a Escola faz a diferença na vida dos que passam por Ela. Jamais abrir mão da qualidade de formar cidadãos e proporcionar um ensino de qualidade.
Como avalia o posicionamento da Etec Prof. Armando Farinazzo no cenário estadual?
A Etec está muito bem posicionada no cenário estadual, temos excelentes parceiros e a cumplicidade com a comunidade Fernandopolense, o que nos diferencia e nos coloca como melhor Escola Estadual da região noroeste, tanto no ENEM, quanto no SARESP, alcançando melhores indicadores do que a média do Centro Paula Souza, podendo ser observado pelo número de egressos que entram em universidades públicas em todo país. Se contássemos com as bolsas de incentivo pela nota do ENEM, poderíamos dizer que a grande maioria dos alunos está prosseguindo seus estudos gratuitamente, sem contar com o ingresso dos técnicos no mercado de trabalho. Tratando-se de empregabilidade, os nossos índices mostram que a cada cinco alunos formados, quatro estão empregados e atuando na área de formação.
Sua vivência na Educação permite dizer que o modelo Etec é a Educação do futuro?
Sim, tenho convicção de que o caminho é a educação estar atrelada ao mundo real, ao mundo do trabalho, à educação profissional. Prova disto são os dados, vistos diariamente na mídia, de que os profissionais técnicos são os mais cobiçados pelo mercado de trabalho. A permanência do aluno em dois períodos na Escola nos proporciona melhores condições de atendê-lo, zelar por seu aprendizado e formá-lo um profissional completo, competente e, acima de tudo, um cidadão respeitável.
O fato de o aluno ter que disputar um Vestibulinho dos mais concorridos para alcançar uma vaga o faz valorizar mais a escola?
Não tenho certeza que seja este o motivo da valorização, penso que isto quer dizer que ele já está valorizando a Escola, devido ao histórico de sucesso.
Acredito que eles passam a valorizar ainda mais a Escola à medida que frequentam as aulas e a se identificam com processo de ensino e a cultura organizacional.
Neste início de segundo semestre a escola já está vivendo grandes momentos e conquistas. Quais foram?
Realmente, muitas já são as conquistas. Entre elas podemos citar a conquista do Ensino Técnico Integrado ao Ensino Médio, afinal o aluno vai conseguir ficar na Escola em dois períodos, não necessitando retornar no período noturno para fazer o Ensino Técnico. O aluno entra no primeiro ano do Ensino Médio e sai ao final do terceiro ano com as possibilidades de frequentar uma Universidade Pública e/ou de custear seus estudos exercendo sua profissão técnica. As parcerias continuam e cada vez mais concisas, como se pode verificar com o recebimento da doação de uma máquina colheitadeira pelo Grupo Arakaki, que selou o fim de um mandato e firmou o início do atual. A chegada de novos equipamentos como o Torno e a Fresadora; ou seja, estamos a todo vapor. Sem interrupção alguma por ser um novo mandato, ou novo diretor. A Etec continua seu trabalho de fazer a diferença no âmbito educacional.
Quais são os projetos que já estão sendo preparados para este restante de ano?
Os projetos estão sendo direcionados para novas parcerias, novos cursos integrados que estão sendo objeto de estudo e viabilização, além das adequações da estrutura física e conquista de novos equipamentos.
O que sonha para a Etec?
Continuar esta escalada rumo ao reconhecimento internacional, que iniciamos com o intercâmbio educacional e cultural de professores e alunos para outros países, além da exibição do projeto “Fabricação de vidro de cinza de cana de açúcar” recentemente na Argentina. Queremos ver a produção de nossos alunos sendo reconhecida como diferencial do ensino aprendizagem.
