A Secretaria Municipal de Saúde, por meio do Centro de Controle de Zoonoses da Vigilância em Saúde, realiza ao longo desta semana uma campanha de diagnóstico e combate à leishmaniose. A população ainda tem três dias para levar seu cachorro para ser examinado.
Na segunda-feira, a equipe esteve na Unidade de Saúde Dr. Antonio Milton Zambon, no bairro Bernardo Pessuto; na terça-feira, no Jardim São Francisco.
Os cachorros podem ser levados das 8h às 11h30 e das 14h30 às 16h, nesta quarta o ponto é no Centro Comunitário do Paulistano. Já na quinta-feira, a coleta de sangue dos animais será na Avenida dos Eucaliptos, em frente a uma lanchonete do bairro Araguaia. Na sexta-feira, os exames serão para os animais do distrito de Brasitânia.
Ao final da campanha, o material coletado passará por teste rápido realizado pelo Centro de Zoonoses. Os casos positivos de leishmaniose serão novamente examinados pelo IAL (Instituto Adolfo Lutz) para a confirmação da doença.
Em 2015, o Centro de Zoonoses fez 5.036 testes rápidos em cães, com 4.770 resultados negativos e 266 positivos. Destes, o IAL confirmou 72 casos. Também no ano passado foram eutanasiados 51 animais doentes, os donos de outros 15 recusaram entregar os cães. Também houve 41 recusas para a realização do exame.
Em 2016, até o mês de junho, o Centro de Zoonoses realizou 529 testes rápidos, com 495 resultados negativos e 34 positivos. O IAL confirmou 13 cães com a doença, depois de nova avaliação. Foram eutanasiados 14 cães neste ano, não houve recusa de entrega de animais.
Sobre a leishmaniose
A leishmaniose visceral é uma doença infecciosa, causada por um parasita denominado leishmania chagasi e transmitida pelo inseto lutzomyia longipalpis, conhecido como “mosquito palha”.
O cão doméstico é a principal fonte de infecção, podendo ficar anos sem apresentar sintomas clínicos. A fêmea do “mosquito palha” se infecta ao picar um cão contaminado com o parasito e passa a transmiti-lo a outros cães e humanos na próxima picada.
Para se detectar a doença nos animais e nas pessoas são utilizados exames laboratoriais específicos. O diagnóstico e o tratamento precoce das pessoas visam à cura da doença. Já para os cães, o Ministério da Saúde não recomenda o tratamento, devendo ser eutanasiados.
Prevenção
Manter a poda de árvores, folhagens e grama dos quintais;
Manter quintais, estábulos e galinheiros limpos e livres de folhas, frutos e fezes;
Manter galinheiros e abrigos de animais afastados da casa;
Se possível colocar telas finas nas portas e janelas;
Manter a saúde e a higiene de seus animais, usando coleira repelente de insetos e não permitindo que o cão fique solto nas ruas;
Embalar em sacos plásticos e colocar para coleta a matéria orgânica (folhas, frutos e fezes) retirados dos quintais, estábulos e galinheiros.