Fernandópolis, 21h40 de quinta-feira, 5 de agosto. Dezenas de jovens, senhores e crianças caminhavam pela praça Joaquim Antonio Pereira, no Centro da cidade, com os celulares nas mãos. Todos em busca de algo em comum: Pokémons.
Tratam-se de monstrinhos de um desenho animado que começou a ser exibido nas emissoras de TV no Brasil em meados dos anos 2000 e que agora ressurgiram por meio de um jogo que, primeiro ganhou o mundo e na quarta-feira, 3, chegou ao Brasil com força total.
O fenômeno é tão grande que, em menos de 24 horas de funcionamento no Brasil, o game já foi baixado por 50 milhões de brasileiros, dentre eles o fernandopolense, André Luiz Arakaki, de 28 anos, que aguardava ansioso pela chegado do jogo ao país.
“Fez parte da minha infância, mas foi mais para curtir, pois todo mundo está aqui, meus amigos estão jogando, então estamos nos divertindo aqui”, disse o jovem que estava inclusive caracterizado como “Ash”, personagem principal do anime japonês.
André contou que já capturou diversos Pokémons e que espera novas atualizações no jogo, pois para ele ainda há algumas falhas.
“Acho que o jogo ainda não está adequado ao que é do mundo Pokémon que fez parte da nossa infância, pois não existem ainda batalhas entre os Pokémons, para capturarmos eles. Porém, acredito que as atualizações vêm aí para melhorar”, completou o gamer ladeado por seus amigos que também estavam cassando Pokémons.
“POKÉMON GO”
O game de smartphones usado para colecionar monstrinhos de bolso está disponível para aparelhos Android e iOS. “Pokémon Go” usa dados do Google Maps para espalhar monstrinhos, PokéStops e ginásios pelas ruas da sua cidade.
O aplicativo gratuito utiliza recursos de realidade aumentada e geolocalização para criar uma camada do universo da franquia no mundo real. Isso faz com que o jogador vivencie uma espécie de “jornada pokémon”, sendo necessário caminhar pela cidade à procura de monstrinhos que só são visíveis pela tela do celular.
O principal objetivo é coletar itens e capturar o máximo possível de pokémons. Além disso, as batalhas, que consagraram o título original lançado para Game Boy há 20 anos, também estão presentes, com direito até a pontos específicos das cidades convertidos em ginásios pokémon – onde jogadores podem colocar seus pokémons para lutar.
Algumas criaturinhas são mais difíceis de pegar. Mas conforme os “treinadores” jogam, novas “pokébolas” mais eficazes também ficam disponíveis.
Já os estabelecimentos comerciais e outros pontos urbanos se transformam nas “PokéStops”, locais fixos onde os treinadores podem coletar periodicamente (e gratuitamente) mais itens. As PokéStops são parada obrigatória para reabastecer o seu estoque de “pokébolas” e incensos – este último atrai mais pokémons para a localização dos jogadores.