O vereador Arnaldo Luis Pussoli (PROS) disse, em entrevista ao CIDADÃO, que aguardará ser citado pelo Conselho de Ética da Câmara Municipal, para se pronunciar a cerca da denúncia assinada por Luis Henrique Silva, mais conhecido como Rico do PT (que agora é do PEN), que pede a cassação do edil por um suposto ato de improbidade administrativa.
Pussoli disse que prefere aguardar o posicionamento dos colegas que compõem o Conselho de Ética para só então apresentar sua defesa. Ele adiantou, porém, que está com a consciência tranquila e que não cometeu nenhuma irregularidade.
Ele foi acusado por Rico, que também é um dos autores da denúncia que culminou na abertura da CP da Merenda, de estar sendo beneficiado indevidamente pela administração municipal ao ter sido remanejado de cargo, mesmo sem nenhuma remuneração extra. De acordo com o denunciante, o vereador, que teria passado em concurso público para o cargo de motorista, estaria ocupando hoje um cargo diverso deste.
“Tal cargo, vantajoso, retirou o servidor das ruas, avenidas, estradas municipais, rodovias estaduais e federais, eventualmente transportando pacientes, doentes ou até mesmo, na qualidade de entregar de encomendas e documentos. Evitou-se ainda que o funcionário Arnaldo Luis Pussoli, trabalhasse fora de horário comercial e em ocasiões extraordinárias, como deslocamento a outros municípios distantes como a capital paulista (São Paulo) e no Distrito Federal (Brasília). Evitou ainda o desgaste humano, proporcionando uma vida mais agradável e satisfatória no seio familiar, já que o trabalho original foi evitado pela atual administração. Tais benefícios deveriam ter sido descartados pelo vereador, mostrando sua transparência, honestidade e imparcialidade na administração pública”, escreveu o denunciante.
Rico ainda afirma que tais vantagens recebidas por Pussoli estariam sendo trocadas pelo apoio do vereador na Câmara.
“As vantagens indevidas vêm sendo pagas pelo vereador através de ações em defesa de Ana Maria Matoso Bim nas sessões da Câmara Municipal de Fernandópolis. Arnaldo é defensor contumaz da atual prefeita e dos meios utilizados para governar o município. Para provar ainda mais o ato defensivo, o vereador mudou de partido, saindo do PT (Partido dos Trabalhadores), depois do rompimento com a atual administração, e se filiando ao PROS, mesma sigla do vice-prefeito José Carlos Zambon, aliado da prefeita”, completou o denunciante.
Diante das acusações, Rico pede então o encaminhamento da denúncia ao Conselho de Ética da Câmara Municipal, “para que sejam tomadas devidas providência contra o vereador”. Ele ainda pede o imediato afastamento de Pussoli de suas funções como membro da CP, além de sua condenação por ato de improbidade administrativa com perda de mandato eletivo e perda das funções no quadro de servidores municipais e ainda ressarcimento aos cofres públicos.
Procurado, o presidente do Conselho de Ética da Câmara, Maurílio Saves, disse que recebeu a denúncia e que iria convocar uma reunião para ontem, 13, para discutir sobre a questão.
Até o fechamento desta edição não houve informações sobre se a referida reunião de fato ocorreu ou sobre seu eventual resultado.