Nada de caras pintadas nas ruas, nem de movimentos sociais com pessoas vestidas de vermelho. Dia 12 de maio de 2016 entra para a história do país com o afastamento de mais um presidente (no caso presidenta, como ela gostava de se chamar) e em Fernandópolis tudo parece não passar de um dia normal.
Nas ruas, apenas o movimento cotidiano dos moradores indo trabalhar. O comércio e os prestadores de serviço abriram normalmente suas portas e os protestos ou comemorações ficaram restritos apenas às redes sociais.
Em Brasília e nas demais capitais nacionais, no entanto, registros de quebra-quebra, confrontos entre os correligionários de Dilma Rousseff e policiais, estradas interrompidas e ministros sendo exonerados.
Tudo porque na madrugada de hoje, 55 dos 81 senadores brasileiros aprovaram o prosseguimento do processo de impeachment e, com isso, o país passa mais uma vez a ser comandado por um vice e seu nome é Michel Temer.
O afastamento, por enquanto, é temporário – 180 dias –, mas todos sabem que as chances do governo petista renascer das cinzas é praticamente zero.
Por aqui, até então, nenhuma autoridade se manifestou. Apenas o presidente do PMDB local - partido do agora presidente Temer -, Ricardo Franco de Almeida, concedeu uma entrevista ao programa Primeira Hora da Rádio Difusora.
Em resumo, ele disse que o momento é difícil e que vai exigir medidas duras e impopulares. “O principal desafio da principal liderança de nosso partido será juntar os cacos para tentar reerguer o muro da economia brasileira. Isso não será fácil, mas acredito na recuperação do Brasil”, disse ele.