Dia 4 de fevereiro de 2014. Tudo parecia tranquilo no Palácio 22 de Maio durante a primeira sessão ordinária daquele ano. À época, o presidente da Câmara Municipal era Francisco Arouca Poço que, dias antes apresentara no Legislativo um projeto que visava o fim do nepotismo no município.
Como já mencionado, tudo parecia tranquilo em mais uma sessão legislativa, até que o vereador Humberto Machado pediu a entrada de um projeto por dispensa de formalidades. Tratava-se justamente do projeto de Arouca sobre o nepotismo e o pedido de Humberto surpreendeu a todos, menos os demais colegas de Câmara que já tinham articulado a manobra.
Os referidos colegas foram: Arnaldo Pussoli, Ademir de Almeida, Etore Baroni, Gilberto Vian, Rogério Chamel, Salvador de Castro e Valdir Pinheiro. Estes articularam para que o projeto entrasse por dispensa de formalidades, para que depois o mesmo fosse rejeitado e assim foi.
Apenas Neide Garcia, André Pessuto, Maurílio Saves e Gustavo Pinato foram favoráveis.
Chico Arouca ficou transtornado ao ser surpreendido pelos colegas e afirmou não entender o que estava acontecendo.
“Esse projeto não tem necessidade de entrar em pauta em regime de urgência. Temos coisas mais importantes. Eu não estou entendendo o que eles querem fazer. Pedir a entrada em regime de urgência e votar contrário. Não consigo acreditar”, declarou o presidente à época.
MUDANÇA DE OPINIÃO
Dois anos e 20 dias depois, os mesmos oito que articularam para que o projeto fosse arquivado, mudaram de opinião e articularam dessa vez para que ele fosse aprovado, tanto que passou por unanimidade.
“O que passou, passou. O importante é que agora nós estamos dando um grande passo para a moralização da administração pública de Fernandópolis. Já não dava mais para uma cidade com mais de 70 mil habitantes ficar nesse cabide de empregos”, disse Chico Arouca comemorando a mudança de opinião dos colegas.